A arbitragem da Associação de Futebol de Aveiro (AF Aveiro) vive momentos de grande tensão após as agressões ao árbitro Gonçalo Ribeiro e ao árbitro assistente Guilherme Jacinto, no final do jogo entre a A.R. Aguinense e a A.D. Sosense, da 2.ª Divisão Distrital – Zona Sul.
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O Núcleo de Árbitros de Futebol do Distrito de Aveiro (NAFDA) denunciou o caso em comunicado, sublinhando a “falha grave por parte da equipa visitada na garantia de condições de segurança”. O incidente terá ocorrido após o apito final, quando a equipa de arbitragem se dirigia aos balneários, sendo necessária a intervenção da GNR e o encaminhamento dos árbitros para o hospital devido a “ferimentos visíveis”.
Presidente do Aguinense nega agressão
Contactado pelo Record, Paulo Moreira, presidente do Aguinense, mostrou-se disponível para colaborar com as investigações e assegurou que o clube tem uma câmara de videovigilância na zona dos balneários onde, segundo ele, “não se visualiza qualquer agressão”.
“Não é possível controlar todas as pessoas da bancada, mas desde que a equipa de arbitragem saiu do recinto, acompanhei-os até ao balneário e só de lá saí quando se foram embora com a GNR”, afirmou, acrescentando ainda que no estádio não há copos de vidro, mas sim de plástico.
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Mais de 100 árbitros pedem dispensa em protesto
O episódio desencadeou uma onda de indignação entre os árbitros da AF Aveiro, levando mais de 100 juízes a pedirem dispensa para o fim de semana de 8 e 9 de fevereiro, o que pode comprometer o normal desenrolar das competições distritais.
A paralisação parece ter duas motivações principais: a falta de segurança nos jogos e a questão financeira, uma vez que os árbitros reivindicam um aumento dos valores pagos por jogo.
O presidente da AF Aveiro, José Neves Coelho, admitiu estar “preocupado”, mas garantiu que os jogos irão realizar-se:
“A situação apanhou-nos de surpresa, mas todas as competições se irão desenrolar. Vamos continuar a negociar com os núcleos de árbitros para encontrar soluções”.