Quando se fala em Mundial de Clubes, imagina-se um ambiente de elite, táticas milimétricas, e treinadores que conhecem os adversários de trás para a frente. Mas no caso do Auckland City, as coisas tomaram um rumo digno de sitcom — ou talvez de consulta de dentista.
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Paul Posa, o homem do leme da equipa amadora neozelandesa, conseguiu o impensável: irritar todo o plantel ao fazer uma pergunta que parece ter saído de um sketch do Gato Fedorento. Antes do jogo com o Benfica, que viria a terminar com um honroso 6-0 a favor dos encarnados, Posa terá perguntado… quem era o capitão do Benfica.
Sim, leu bem. O treinador, de 63 anos e que acumula a função de dentista, não sabia quem era Nicolás Otamendi. O mesmo Otamendi que tem 138 internacionalizações pela Argentina, uma Copa América e um Mundial no currículo. O mesmo Otamendi que joga de braçadeira vermelha no braço como quem joga com um farol aceso no peito.
Jogadores em choque… e em ultimato
Segundo a TyC Sports, este momento surreal foi a gota de água para um plantel que já vinha descontente com “uma série de incidentes”. A situação escalou tão rapidamente que os jogadores do Auckland City decidiram apresentar um ultimato: ou sai o treinador, ou saímos nós.
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Um motim com classe — digno de quem ainda teve forças para empatar com o Boca Juniors, mesmo depois de levar 6 do Benfica e outros tantos dissabores internos.
Mas há mais: “Bruno Lage? Ah, esse… deve ser bom treinador”
Como se não bastasse o episódio de Otamendi, Posa ainda teve tempo para deixar outra pérola. Em antevisão ao duelo com os encarnados, foi questionado pelo Record sobre Bruno Lage. A resposta foi do nível:
“Não está há muito tempo no cargo… deve ser bom treinador”.
Bruno Lage, note-se, está no cargo há quase um ano. Mas quem somos nós para julgar? Talvez no meio de desvitalizações, extrações e resinas compostas, seja mesmo difícil acompanhar a atualidade futebolística europeia.
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Um Mundial… para esquecer
O Auckland City terminou a sua participação no Mundial de Clubes com 1 ponto em três jogos, 17 golos sofridos e um balneário a ferro e fogo. Foram a única equipa amadora na competição, o que já é por si um feito. Mas entre desconhecer Otamendi e confundir Bruno Lage com um recém-chegado, o clube neozelandês também assegurou um lugar de honra… nos anais da bizarria futebolística.
Se o clube vai mesmo despedir Paul Posa? Ainda não se sabe. Mas uma coisa é certa: os jogadores já mostraram os dentes. E parece que este dentista vai precisar de um bom plano… de reabilitação.
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