O candidato derrotado na primeira volta das eleições do Benfica, João Diogo Manteigas, reagiu à reeleição de Rui Costa, afirmando que respeita a decisão dos sócios, mas garantiu que manterá uma postura vigilante e exigente em relação à nova direção.
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O antigo candidato aproveitou ainda para criticar duramente André Villas-Boas e apontar falhas graves na arbitragem portuguesa.
Após a tomada de posse de Rui Costa como presidente do Benfica, João Diogo Manteigas falou aos jornalistas no Pavilhão n.º 1 da Luz, sublinhando a legitimidade da vitória do líder encarnado e a necessidade de apresentar resultados diferentes dos últimos anos.
“Deve ser respeitada essa decisão. Rui Costa tem mais quatro anos para poder provar que é possível fazer diferente do que fez anteriormente a nível desportivo, institucional e política interna”, afirmou.
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Apesar de aceitar o resultado, Manteigas assegurou que vai manter uma postura atenta.
“Ficou provado que o Benfica sempre foi a minha vida. Nasci aqui, não foi só o Rui Costa. Sempre estive presente. Estive na BTV muitos anos, escrevi para A BOLA durante muito tempo. Sou ligado ao desporto e à gestão desportiva. A minha vida é o Benfica. Nunca me irei separar do Benfica. Vigilância claro. Todos os sócios têm de ser vigilantes. Vigilância e oposição são coisas diferentes. Este é o meu presidente, mas sou muito exigente. É isso que vou fazer. Espero que as pessoas venham às Assembleias-Gerais”, destacou.
O ex-candidato aproveitou ainda para responder às declarações recentes de André Villas-Boas, que havia dito que Rui Costa estava “no bolso” do Sporting.
“Não admito como sócio o que disse sobre o presidente do Benfica. É de muito mau tom o ambiente que se vive neste momento. Pode-se ter a conta recheada de dinheiro de rescisões e despedimentos enquanto treinador e ter a maior coleção de carros vintage, mas não se tira o espírito e mentalidade de Contumil da cabeça das pessoas”, atirou, exigindo uma resposta firme da direção: “Às vezes temos de ser mais agressivos no ataque premeditado por parte de dirigentes e meter algum travão. É isso que exijo a Rui Costa. Se entende que não tem de ser ele, há uma direção inteira que o pode fazer. Não quero que este mandato seja só Rui Costa, mas sim um órgão colegial.”
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Sobre a arbitragem, Manteigas não poupou críticas, referindo o erro no jogo entre Santa Clara e Sporting como exemplo da necessidade de mudança.
“O Benfica devia fazer cinco ou seis coisas imediatamente, analisar os relatórios dos observadores dos árbitros, o que faz um centro de VAR no Norte, ainda ontem foi um escândalo nos Açores, com um canto inexistente que deu golo ao Sporting. Sei que o VAR não pode intervir, mas não deixa de ser um favorecimento indireto a um concorrente direto por parte do Benfica.”
Para o dirigente, o futebol português precisa de uma reforma estrutural e séria. “Andámos desde 2011 a discutir a profissionalização da arbitragem. Andamos a brincar com o futebol português. É o sistema todo. Temos de perceber o que podemos fazer para promover um futebol muito melhor. Como é que vamos vender 300 milhões em direitos audiovisuais? Temos de começar a olhar para isto de uma forma séria”, concluiu João Diogo Manteigas, que promete manter-se ativo e exigente na vida do clube.
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