João Noronha Lopes voltou a pronunciar-se sobre um dos temas mais quentes do futebol português na atualidade: o polémico acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol relativo aos castigos aplicados a Matheus Reis, Geovany Quenda e Zeno Debast, após a final da Taça de Portugal 2024/25, vencida pelo Sporting frente ao Benfica.
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Para o candidato às eleições encarnadas de outubro, a decisão prova que há “problemas gravíssimos” na arbitragem nacional e exige consequências claras.
“A arbitragem em Portugal precisa de uma reflexão profunda, se quiser combater a suspeição e a desconfiança legítimas”, frisou Noronha Lopes, num comunicado emitido este sábado, no qual recorda a conduta que levou ao castigo de quatro jogos para Matheus Reis, por conduta violenta sobre Andrea Belotti, e os restantes castigos que também afetaram jogadores dos leões.
“É fundamental que sejam retiradas consequências deste acórdão, desde logo pela conduta violenta e antidesportiva dos atletas do Sporting, que agrediram um adversário e mais tarde celebraram essa agressão”, vincou o gestor, referindo-se a alegadas palavras do jogador leonino – “aqui nós pisa na cabeça” –, também mencionadas na decisão do CD.
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João Noronha Lopes foi mais longe nas críticas e acusou diretamente o sistema disciplinar de falhar na proteção dos intervenientes e da integridade da competição: “O Benfica foi gravemente prejudicado e a integridade da final da Taça de Portugal foi comprometida. Não há verdade no resultado desse jogo. Se o atual sistema disciplinar não protege os jogadores nem a verdade desportiva, quem protege?”, questionou.
As declarações surgem num momento de particular tensão entre o Benfica e os órgãos de arbitragem, sendo que a direção encarnada já exigiu a suspensão imediata dos árbitros envolvidos na decisão de não intervir com recurso ao VAR no lance em questão, ainda durante a final disputada no Estádio do Jamor.
João Noronha Lopes, recorde-se, é candidato declarado às eleições do próximo dia 25 de outubro, nas quais pretende suceder a Rui Costa na presidência do Benfica.
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