Rui Borges está determinado em deixar a sua marca no Sporting. O treinador dos leões tem vindo a impor, de forma gradual, o seu estilo de liderança e métodos de trabalho, privilegiando uma abordagem centrada na competitividade interna e na concentração máxima do grupo.
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Uma das alterações mais visíveis prende-se com a forma como comunica o onze titular. Ao contrário do que acontecia no tempo de Rúben Amorim, os jogadores só sabem quem será titular poucas horas antes do início dos jogos. Segundo o jornal A BOLA, esta prática já é habitual na carreira do técnico e tem objetivos bem definidos:
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Manter o grupo em constante alerta e foco;
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Gerir os egos dos jogadores, evitando desmotivação precoce;
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Evitar fugas de informação que possam beneficiar os adversários.
A estratégia, que visa reforçar a competitividade interna, exige também dos atletas capacidade de adaptação imediata — algo que ficou patente na vitória moral de João Simões, jovem médio lançado às feras na Liga dos Campeões, diante do Nápoles (1-2).
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Após o encontro em Itália, Rui Borges revelou como comunicou a titularidade ao jogador formado em Alcochete, destacando o seu comportamento exemplar:
“Não me surpreende a maturidade que eles demonstraram, e dei o exemplo do Simões, que, este ano, não jogou, e, de repente, o mister diz-lhe, uma hora antes do jogo, que vai ser titular com o Napoli e a resposta dele... Eu até me ia metendo com ele... Disse-lhe ‘Estás cagado?’, no aquecimento, e ele disse que não. É um miúdo extraordinário e fez um grande jogo, nada que eu não tivesse à espera”.
O técnico leonino sublinhou ainda o lado estratégico da decisão, deixando claro que a escolha não foi apenas tática, mas também pensada na gestão do grupo e na condição física do plantel:
“O Simões foi uma opção estratégica, apesar de termos de gerir também o Morita, porque vem de lesão e, lá está, há coisas que nós temos, que quem está de fora não dá conta, e eu não posso ser o mais honesto e sincero aqui, mas, de forma estratégica, sabíamos que o Simões podia ser um jogador importante, até pela capacidade física que tem e deu à equipa ao longo do jogo”.
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Com este método, Rui Borges mostra que a competitividade e o mérito são valores inegociáveis no seu Sporting, mantendo o grupo motivado e sempre preparado para corresponder às exigências de um clube que quer voltar ao topo.
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