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Nacional
26/03/25

Caso dos emails do Benfica: Tudo o que J. Marques disse em tribunal

Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto, voltou esta quarta-feira a pronunciar-se no âmbito do processo judicial que envolve Rui Pinto.

Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto, voltou esta quarta-feira a pronunciar-se no âmbito do processo judicial que envolve Rui Pinto, criador do Football Leaks, reafirmando o interesse público da informação divulgada no Porto Canal, baseada em dados fornecidos pelo hacker.

«Eu procurava elementos que alteravam a verdade desportiva. Eram de interesse público, isso nem se questiona», declarou o ex-responsável portista, que desempenhou funções entre 2016 e 2024, em depoimento prestado à distância ao Juízo Central Criminal de Lisboa.

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Francisco J. Marques revelou ter recebido cerca de 20 gigabytes (GB) de dados:
«É humanamente impossível analisar 20GB de informação. A mim, interessava-me a informação e não quem a enviava. A pessoa preferia manter-se anónima e eu, como jornalista, aceitei isso. Foi muito fácil confirmar a fidedignidade».

As declarações surgem no seguimento da divulgação de emails ligados ao Benfica, feita através do programa “Universo Porto da Bancada”, no Porto Canal, que descreveu como sendo de “atualidade desportiva, em defesa do FC Porto”. Marques garantiu que colaborou com as autoridades, entregando os materiais à Polícia Judiciária:
«Comprometi-me a entregar tudo o que tinha à PJ. Avisava a polícia quando recebia mais coisas. Nunca recebi caixas de correio de Luís Filipe Vieira ou de Domingos Soares de Oliveira, apenas emails isolados».

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O caso de Rui Pinto continua a gerar forte mediatismo. O criador do Football Leaks está a ser julgado por 241 crimes, incluindo acesso ilegítimo qualificado (201), violação de correspondência agravada (22) e dano informático (18).

Embora tenha sido condenado em setembro de 2023 a quatro anos de prisão com pena suspensa, Rui Pinto beneficiou, em parte, da lei da amnistia aprovada durante a Jornada Mundial da Juventude, que extinguiu 134 crimes de violação de correspondência, por terem sido cometidos antes dos 30 anos.

Em França, foi igualmente condenado a seis meses de prisão com pena suspensa, por aceder indevidamente a emails do PSG.

Além do Benfica, as ações de Rui Pinto visaram clubes, empresas, advogados, magistrados, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a Autoridade Tributária e até a Rede Nacional de Segurança Interna.

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O julgamento prossegue e promete continuar a marcar a interseção entre justiça, jornalismo e futebol.

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