A escolha de Carlo Ancelotti como novo selecionador do Brasil não deixou ninguém indiferente — nem mesmo o presidente da República, Lula da Silva, que comentou o tema esta terça-feira, em declarações à TV Globo. E, mesmo reconhecendo o currículo do italiano, o chefe de Estado fez questão de sublinhar que não faltam opções nacionais para liderar a Canarinha.
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🗣️ “Temos treinadores no Brasil que podiam dirigir a Seleção”
“Não tenho nada contra o facto de ser estrangeiro. Afinal, temos muitos brasileiros a trabalhar no estrangeiro. O que acho é que temos técnicos no Brasil que poderiam dirigir a seleção”, afirmou Lula, referindo-se implicitamente a nomes como Fernando Diniz, Abel Ferreira, Dorival Júnior (recentemente demitido) ou Jorge Jesus, que esteve em cima da mesa mas acabou preterido.
Apesar da abertura à ideia de um estrangeiro, Lula não escondeu um certo desconforto ideológico com a decisão da CBF, reforçando que há qualidade no mercado interno.
👥 “A geração atual é mais frágil que as anteriores”
O presidente foi ainda mais longe e tocou num tema tabu para muitos adeptos: a qualidade da atual geração de jogadores brasileiros.
“Ancelotti é um grande treinador, foi um grande jogador. O problema é que esta geração é mais frágil do que todas as outras. Basta lembrar o nosso ataque de 2002 ou 2006 para perceber o quão longe estamos”, disparou.
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Palavras que contrastam com o discurso habitual da CBF e que, de certo modo, atiram responsabilidade para os jogadores — e não apenas para o banco de suplentes.
🧪 “22 jogadores do Brasileirão fariam igual ou melhor”
A proposta de Lula é, no mínimo, inusitada: uma seleção composta exclusivamente pelos 22 melhores jogadores do Brasileirão, deixando de fora os “europeus”.
“Já disse ao Ednaldo Rodrigues [presidente da CBF] que devíamos testar uma seleção só com jogadores do campeonato brasileiro. Acho que faria igual ou melhor”, sugeriu.
O presidente brasileiro lança assim um desafio à estrutura federativa, ao mesmo tempo que volta a apelar à valorização do que é “da casa”.
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