O plano de Rui Borges: reorganizar para resistir
Privado de Trincão, Pedro Gonçalves e Quenda, Rui Borges não tinha margem para aventuras ofensivas. A mudança para um 5-4-1, com Matheus Reis e Quaresma no trio defensivo e João Simões no corredor central, revelou desde início a opção estratégica: sobreviver ao carrossel de Kompany o máximo de tempo possível. Do outro lado, o Bayern apresentou-se praticamente na máxima força, com Harry Kane, Gnabry, Olise e Lennart Karl — o prodígio de 17 anos — a testar os limites leoninos desde o primeiro minuto.
As primeiras situações de perigo não demoraram. Lennart Karl anulou a vantagem emocional leonina com duas ocasiões flagrantes, Kane acertou no poste, e Rui Silva foi segurando o possível. Já perto do intervalo, uma jogada individual de Karl quase deixou Matheus Reis à deriva, num lance que só não deu golo por nova intervenção decisiva do guarda-redes.
Sporting marcou… sem enquadrar um único remate
O golo do Sporting nasceu de um cruzamento de João Simões desviado por Kimmich para dentro da própria baliza. E o dado que acompanha esse momento é tão surpreendente quanto revelador:
o Sporting marcou sem enquadrar qualquer remate, tornando-se apenas a segunda equipa desta Champions a terminar um jogo sem acertar na baliza adversária.
Aqui está a essência do jogo: mérito na eficácia pontual, mas incapacidade clara de criar perigo real.