Ola John, antigo extremo do Benfica, recordou a chegada a Lisboa em 2012, com apenas 20 anos, e revelou uma curiosa história dos primeiros tempos de adaptação ao futebol português e, sobretudo, à forma peculiar de comunicar de Jorge Jesus.
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Em entrevista ao podcast Sem Filtros, promovido pela Liga Portugal, o internacional neerlandês confessou que não dominava a língua portuguesa na altura, o que complicava a sua integração no plantel encarnado — especialmente nas conversas com o exigente técnico.
“Quando somos novos e vamos para um país diferente, é sempre difícil. Especialmente quando tens 20 anos. És uma pessoa diferente, não só como futebolista. Passas a ser um homem”, começou por explicar.
Ola John revelou depois um pormenor curioso sobre a dinâmica no balneário: “Eu não falava português, mas o tradutor era o Matic! Sempre que o treinador, que era o Jorge Jesus, queria falar comigo, chamava o Matic”, referiu, entre risos.
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Ola John chegou ao Benfica em 2012, vindo do Twente, numa altura em que era considerado uma das grandes promessas do futebol neerlandês. No entanto, apesar de algumas exibições promissoras — especialmente na época 2012/13, onde somou 45 jogos e marcou cinco golos — o extremo acabou por nunca se afirmar de forma consistente. A sua passagem pela Luz foi marcada por empréstimos (Hamburgo, Reading, Wolverhampton e Deportivo), até à saída definitiva em 2017.
Além do Benfica, o jogador também representou o V. Guimarães em 2019, onde voltou a encontrar algum espaço no futebol português.
Atualmente com 32 anos, Ola John joga na Arábia Saudita, ao serviço do Al Hazem, depois de passagens discretas por clubes como o RKC Waalwijk, no seu país natal.
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A sua carreira nunca atingiu o nível que prometia nos primeiros anos, mas ficou na memória dos adeptos do Benfica pela irreverência em campo e, como agora se confirma, por algumas histórias de bastidores que revelam bem o espírito dos balneários encarnados na era de Jorge Jesus.