Tatiana Pinto é um dos rostos mais experientes da selecção nacional feminina e prepara-se para disputar o seu terceiro Campeonato da Europa — precisamente a terceira presença de sempre de Portugal em fases finais da competição.
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Em declarações aos jornalistas no estágio da equipa das Navegadoras em Meyrin, nos arredores de Genebra, a médio de 31 anos não esconde a ambição… mas também não tem ilusões sobre a dificuldade do primeiro teste: a poderosa selecção espanhola.
«Sabemos que logo no primeiro jogo temos de estar na nossa melhor versão, só assim é que poderemos pontuar. Se me perguntarem se subscrevia já um empate… sim, não o nego», atirou, sem rodeios.
A estreia de Portugal está marcada para esta quinta-feira, em Berna, frente à atual campeã mundial. E Tatiana sabe bem o que está do outro lado: além de já ter enfrentado a Espanha por diversas vezes, joga atualmente no Atlético de Madrid e conhece como poucas a realidade das suas adversárias.
«Tecnicamente são extremamente evoluídas, mas mais do que isso, têm uma inteligência acima da média. Observam, lêem o jogo, tomam decisões nos momentos certos. Não é um futebol físico, mas é muito mais difícil de contrariar, muito mais imprevisível. Prefiro esse tipo de futebol, mas obriga-nos a estar num nível altíssimo», explicou.
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Fase de grupos como grande meta
Apesar do favoritismo espanhol, Tatiana Pinto mantém o foco naquilo que é o grande objectivo de Portugal neste EURO-2025: pela primeira vez, ultrapassar a fase de grupos. E acredita que, com trabalho e concentração, é possível fazer história.
«Queremos bater recordes, fazer algo que nunca foi feito, valorizar o futebol feminino e a jogadora portuguesa além-fronteiras. Acreditamos que podemos passar, mas isso só será possível se estivermos a mil por cento. Temos de nos superar», sublinhou.
Sem esquecer o passado recente — nomeadamente as derrotas na Liga das Nações que ditaram a descida à Liga B —, a jogadora garante que essa fase já ficou para trás.
«Esses fantasmas não vieram connosco para a Suíça. Tivemos tempo de preparação na Cidade do Futebol e isso deu-nos mais combustível. Quando se perde, também se ganha alguma coisa. Agora estamos concentradas em fazer as coisas bem aqui».
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