Rúben Amorim, treinador do Manchester United, fez este sábado um balanço honesto do seu percurso até agora em Old Trafford, revelando que não se arrepende das decisões tomadas, apesar de admitir que os críticos têm razões para apontar falhas.
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O técnico português falava na conferência de imprensa de antevisão ao duelo frente ao Bournemouth, a contar para a 34.ª jornada da Premier League.
Um arranque turbulento, mas sem arrependimentos
Chegado ao Manchester United numa altura de crise de identidade e resultados, Rúben Amorim encontrou um plantel desequilibrado e emocionalmente fragilizado.
Apesar das dificuldades iniciais, o treinador leonino manteve-se fiel às suas ideias: aposta na formação, futebol positivo e construção de uma nova mentalidade competitiva.
“Sem arrependimentos. Não neste momento. Se me perguntassem há quatro meses, talvez sentisse que deveria ter sido mais firme. Mas hoje tenho a sensação de que todo este sofrimento nos vai tornar mais fortes”.
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Amorim sublinhou a importância do processo de crescimento interno, mesmo perante a pressão mediática e os resultados aquém do esperado em determinadas fases da temporada.
Reconhecimento da crítica e a importância dos resultados
Realista, o técnico português reconheceu que no futebol de alta competição o tempo para “projetos” é sempre condicionado pelos resultados imediatos:
“Sei que há compreensão para o que estamos a construir. Mas também sei que, se não houver resultados e boas exibições, esse apoio terminará na próxima época”.
Amorim agradeceu aos adeptos e aos dirigentes pela paciência demonstrada até agora, mas deixou claro que está consciente de que o crédito não é ilimitado.
Um projeto que visa o futuro
A aposta em jovens como Kobbie Mainoo, Alejandro Garnacho e Rasmus Højlund mostra que Amorim pensa para lá do imediato.
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O treinador português quer deixar uma marca duradoura no United, tal como fez no Sporting, apostando em estabilidade, valorização de talento e criação de uma identidade clara.