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Nacional
13/02/25

Di María e as ofertas que recusou para jogar no Benfica: "Números que jamais tinha visto"

Ángel Di María concedeu uma entrevista ao site argentino Infobae, onde voltou a falar das propostas do outro mundo que recebeu da Arábia Saudita.

Ángel Di María concedeu uma entrevista ao site argentino Infobae, onde voltou a falar das propostas do outro mundo que recebeu da Arábia Saudita, antes de regressar ao Benfica.

"[O Benfica] É a minha primeira casa na Europa, o lugar que me abriu as portas pela primeira vez. Vivi aqui com a minha família desde 'pequeno'. Passei três anos incríveis cá e tinha muita vontade de regressar um dia. E assim foi", começou por dizer.

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"Foram muitíssimas, com números que jamais tinha visto num papel. Mas disse à minha família 'não, vamos para Lisboa, regressar ao Benfica'. A verdade é que chegou uma oferta da Arábia Saudita. Não tenho representante, é um amigo que me ajuda com tudo isso. Chega uma oferta e digo-lhe que não. Volta a chegar outra, pelo dobro dos valores, do mesmo clube. Volto a dizer que não. É aí que o meu amigo me diz 'temos de dizer algo, porque eles nem sabem se queres jogar lá'. E eu respondi 'bem, se nos derem isto, talvez seja capaz de ir'. E deram mesmo... Mas já estava decidido que ia para o Benfica. Isto foi tudo depois do Mundial, quando estava na Juventus. Não tenho vontade de ir para um lugar assim [Arábia Saudita] em final de carreira", explicou.

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O argentino foi ainda questionado sobre se não lhe tinha passado pela cabeça voltar à seleção para disputar o Mundial 2026. No entanto, Di María assume que o corpo já não é o que era.

"Ainda agora tive duas recaídas por causa da uma lesão, que me deixaram quatro ou cinco dias de fora. O corpo já custa. Começo a analisar tudo o que implicava voltar a estar num Mundial e percebo que o melhor seria dar um passo atrás", referiu.

As críticas que por vezes ouviu na seleção também foram motivo de preocupação, até pelo impacto que as mesmas tinham na sua família.

"Acho que sofremos mais por aqueles que estão do lado de fora do que por nós. Houve um jogo em que a minha mulher estava com os meus pais ao lado e só ouvia gente a dizer 'este filho da p... não corre, não marca golos, deviam tirá-lo'. A minha mulher via as lágrimas do meu pai e da minha mãe. É preciso ser muito forte. A minha mãe acompanhava-me sempre, às vezes fazia 40 ou 45 minutos de bicicleta à chuva, a subir, a descer... E depois há as minhas filhas, claro. Sempre as tive como pilares", referiu.

 

Por último, Di María foi confrontado com as recentes declarações de Cristiano Ronaldo que se autointulou como o melhor jogador da história do futebol mundial. O jogador do Benfica tem uma opinião diferente.

"Não me surpreende [o que disse], estive quatro anos com ele e sempre foi assim. Sempre tentou ser o melhor, mas nasceu numa geração onde há outro que foi 'abençoado'. A realidade está nos números. Um tem oito Bolas de Ouro, o outro tem cinco. Há uma diferença muito grande. Mas o Cristiano sempre foi assim, igual. Para mim, o Leo [Messi] é o melhor do mundo e o melhor da história, sem dúvida alguma", concluiu.

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