Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Bolonha, a contar para a Liga dos Campeões, Bruno Lage não tem dúvidas de que o Benfica terá pela frente um jogo difícil.
"Vai ser um jogo muito difícil, o Bolonha é um adversário muito bom e competente. Analisámos quase todos os jogos que fizeram na Champions e são boas exibições, independentemente do resultado. Liverpool, Aston Villa... O último jogo com a Juventus também. Vamos encontrar uma equipa que gosta de pressionar, de ser rápida e vertical nos seus processos ofensivos. É um adversário muito difícil e temos de estar no nosso melhor para vencer. Na Liga dos Campeões é assim mesmo. Estamos motivados e a nossa ambição é vencer, juntar mais 3 pontos às nossas contas, olhar para a classificação e sentir que estamos numa boa posição", afirmou.
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Uma das surpresas da convocatória foi a chamada de Diogo Prioste, jovem que milita na equipa B. O técnico encarnado foi ainda questionado sobre as dúvidas que os adeptos sentiam aquando do seu regresso.
"Quase dá vontade de perguntar com quantos adeptos falou. Bastantes? Pronto. Sou o treinador de todos os benfiquistas. Senti sempre, desde sempre, um enorme apoio e carinho dos adeptos. O que sinto neste momento não é nada de novo, senti sempre isso desde o dia em que saí até ao dia em que entrei. O Diogo tem sido muito regular na equipa B, até tem sido um dos melhores elementos. Tem feito uma época muito boa e tem vindo a treinar regularmente connosco, merecia", referiu.
Lage foi ainda confrontado com imagens que circulam nas redes sociais onde Arthur Cabral surge a treinar sozinho no relvado da Luz após o jogo com o V. Guimarães.
"Vou aproveitar a sua pergunta para falar dos pontas-de-lança. Têm feito um trabalho fantástico. O Arthur tem trabalhado imenso para ajudar a equipa e tem-na ajudado em muitos aspetos. Primeiro ponto. No segundo, sai essa imagem, mas há uma explicação. No dia seguinte, íamos dar folga e era fundamental todos os jogadores treinarem um pouco. E todos os que precisavam de treinar, foram treinar. Uns mais do que outros. O Arthur é o único que aparece no vídeo porque pode ter precisado de continuar. Amdouni também o fez. Não foi um ato isolado do Arthur, não foi por ele, foi sim um trabalho da equipa técnica para todos", disse.
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Por último, o treinador do Benfica reagiu aos assobios que Trubin ouviu por parte dos adeptos na partida com os vimaranenses, devido à demora na construção.
"O mais importante foi a maturidade do jogador, de entender o que o jogo precisava. Há uma estratégia para cada jogo e temos que a interpretar da melhor maneira. Vou recordar o exemplo do Feyenoord. Pretendíamos controlar o jogo com bola e fizemo-lo bem a partir dos nossos guarda-redes, e há uma bola em que tentámos sair longo, a bola fica curta, o Feyenoord recupera e em dois passes está na nossa área. Aprendemos muito com isso. Perceber em que circunstâncias saímos curto e longo. Isto é sempre em função da forma como o adversário pressiona. O Vitória, muito bem, instalou-se na frente. E nós entendemos que, quando a bola estivesse no guarda-redes, eles não iam sair na pressão. Então o Trubin tinha de ter calma e esperar. O Vitória a perder, depois de esperar uns segundos, iria sair na pressão do guarda-redes. E aí iríamos encontrar o jogador livre. O importante é os jogadores perceberem o que têm de fazer a cada momento, temos trabalhado muito isso. O que também foi importante foi o apoio à equipa, que correspondeu. Fez um grande jogo e uniu-se. Foi o jogo, desde que cá estou, em que a equipa mais correu. Vimos o Nico no chão e a cortar a bola de cabeça... Foi um grande jogo da equipa. Perceber o que cada momento pedia. E o mais importante foi, num jogo difícil, ter juntado os três pontos. Vão ser muito importantes no futuro", concluiu.
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