O extremo do Chelsea foi o porta-voz da Seleção Nacional antes do treino de preparação para o jogo com a Arménia, a contar para a primeira jornada de apuramento para o Mundial 2026. Pedro Neto falou da ausência de Diogo Jota, do favoritismo de Portugal, da sua evolução no Chelsea e dos sonhos para a carreira.
«Voltar aqui e não o ter presente é difícil. Sentimos o vazio dele, mas vamos usar essa força e raiva para honrar e levar isso para o campo e conquistarmos o que queremos. Sabemos que esteja onde estiver nos vai dar muita força», afirmou sobre Diogo Jota, cuja morte abalou a Seleção.
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Neto também destacou a qualidade de João Félix, com quem partilhou balneário em Inglaterra: «Toda a gente sabe a qualidade que ele tem. Tive o privilégio de estar com ele seis meses, é um jogador inacreditável. Por opção do mister teve as oportunidades que teve. Espero que agora se possa afirmar outra vez e mostrar o seu futebol».
Sobre o percurso pessoal no Chelsea, o extremo português foi direto: «É fazer melhor que no ano passado e trabalhar ainda mais». E deixou claro o foco no apuramento: «Estamos focados nestes seis jogos que temos, para nos apurarmos. Queremos demonstrar que somos os melhores, como fizemos na Liga das Nações».
O jogador considerou a última época a melhor da carreira até agora, mas acredita que o melhor está para vir: «Espero que aconteçam ainda melhores. Até agora sim, foi muito bem conseguida. Temos o sonho de ser campeão do mundo. Já disse ao Enzo Fernández que gostava de atingir o feito dele: ser campeão do mundo de clubes e seleções. Vou trabalhar para esse objetivo».
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Sobre a ausência de Cristiano Ronaldo no funeral de Jota, foi taxativo: «Eu não sou ninguém para julgar o nosso capitão. Certamente teve a sua razão, terão de lhe perguntar. Não vou julgar».
Questionado sobre um eventual confronto com o Benfica na Liga dos Campeões, respondeu com respeito: «Já encontrámos no Mundial de Clubes, o mister Lage foi meu treinador, é sempre um privilégio apanhar uma equipa da dimensão do Benfica».
Neto explicou ainda como evoluiu no Chelsea: «Cheguei e tive de me adaptar. Estava habituado a jogar num clube da Premier League que não tinha tanta bola e concedia muitos espaços. No Chelsea aprendi a jogar com espaços reduzidos, tive de levar o meu jogo para um nível mais de posse. Aqui na Seleção ajudou-me muito porque é semelhante. Foi a maior evolução».
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Sobre o favoritismo de Portugal, não fugiu: «É uma boa pressão. Gostamos de ser favoritos, estamos aqui para ganhar todos os jogos e jogar à Portugal». E, relativamente à estreia na Champions, mostrou entusiasmo: «É um sonho cumprido, acima de tudo um privilégio. Vai ser a primeira oportunidade que vou ter de me estrear».
Por fim, falou da competitividade interna no Chelsea: «Sem dúvida que é sempre bom quando um clube traz jogadores de qualidade. Mas eu compito contra mim próprio no meu trabalho diário e sei que assim vou estar mais perto de jogar. O que vou fazer é focar no meu trabalho, jogar o meu futebol e depois as decisões ficam para o mister».
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