O Benfica regressou às vitórias na Luz ao bater o Gil Vicente por 2-1, mas José Mourinho admitiu, no rescaldo, que o triunfo foi obtido à custa de muito esforço e pragmatismo.
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O técnico destacou a falta de frescura física da equipa e a dificuldade em impor uma identidade de jogo clara nesta fase da época.
“Na globalidade não é o Benfica que queremos, nem eu, nem os jogadores, nem ninguém. À Benfica foi o esforço, entrega, sacrifício. A equipa está esgotada. Há jogadores verdadeiramente esgotados”, afirmou Mourinho, que ainda assim valorizou o regresso às vitórias em casa: “Ficam os pontos, que neste momento são importantíssimos, romper com os jogos em casa sem ganhar. Gente esgotada, mas com caráter.”
O treinador admitiu que a ausência de Enzo pesou no meio-campo, apesar da resposta positiva de Richard Ríos: “O Richard Ríos deu uma certa segurança, num meio campo sem o Enzo”.
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Já no que toca às opções ofensivas, explicou as dificuldades de gestão: “O Sudakov estava em dificuldade. O Schjelderup é jogador de bola no pé, tem dificuldade em 90 minutos, dificuldade em intensidade. O Lukebakio… disse que a gasolina não ia durar. Podia tê-lo no banco, mas preferi começar com ele e olhar para o banco e ver o Barreiro com 25 anos a ser o avô porque o resto tinha entre 19 e 21 anos”.
Para Mourinho, o fator mais preocupante é a indefinição tática: “A equipa neste momento não tem identidade. Vive numa zona cinzenta entre ideias do treinador anterior e as minhas. Há contradições e isso não é fácil de ultrapassar. Não temos trabalho de campo”.
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Ainda assim, valorizou a resiliência do grupo e mostrou confiança no futuro próximo: “O que de bom fizemos foi a resiliência e mentalidade. Felizmente para o próximo jogo são três dias e não há lesões. Recuperamos o Enzo, que estava em extremas condições de fadiga, e outros que estavam no risco de lesão”.