Rui Costa fez questão de sublinhar, desde o início da entrevista à RTP, que acredita no valor do grupo de trabalho do Benfica.
“O plantel é suficiente, tão suficiente que já fez coisas boas”, afirmou o presidente encarnado, defendendo que a quebra física recente é consequência natural de uma época longa e exigente.
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O dirigente explicou que o momento atual não resulta de erros de planeamento ou de opções técnicas anteriores.
“Não quero insistir demasiado porque pode soar a desculpa. Quando digo que esperávamos esta quebra física mais tarde, não estou a culpar o antigo treinador. Refiro-me às condicionantes da época: ausência de férias, pré-temporada curta e um calendário muito intenso”, clarificou.
Segundo Rui Costa, o desgaste é visível, mas compreensível.
“Desde a Supertaça que jogamos de três em três dias, exceto nas pausas das seleções. Ontem notou-se o cansaço, e a diferença de ritmo foi enorme. Temos um grande plantel, fomos ambiciosos no mercado. No futuro veremos o que ajustar, conforme a forma de jogar de Mourinho e do Bruno”, acrescentou, garantindo que a avaliação do grupo não deve ser feita apenas com base na fase atual.
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Ainda assim, o presidente deixou um recado a alguns jogadores que, na sua opinião, podem e devem dar mais.
“Percebo o que Mourinho quer dizer. De fora, o Benfica parece ter um grande plantel; por dentro, ele pode sentir que falta algo. Mas o grupo atual tem capacidade para resolver os problemas. Há jogadores que ainda precisam de aparecer mais, que ainda não mostraram o que esperamos deles”, apontou, reconhecendo também que “a falta de tempo para treinar é um handicap enorme, sobretudo para Mourinho, que acabou de chegar”.
Rui Costa destacou igualmente o mérito das contratações feitas no último mercado e recordou o nível exibido pela equipa em jogos recentes.
“Jogámos com o Chelsea há pouco tempo e não se viu esta diferença tão grande — até terminámos o jogo por cima, com a sensação de que merecíamos mais. No Dragão também estivemos bem. Reforçámos o meio-campo com Sudakov, que é mais técnico, e Lukebakio trouxe mais velocidade. O Benfica foi elogiado no mercado, na Supertaça e nas pré-eliminatórias. Houve uma quebra, sim, mas está identificada. Há jogadores abaixo do seu nível que vão recuperar”, afirmou.
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Quanto ao futuro, o líder encarnado preferiu adiar qualquer decisão sobre reforços, sublinhando que o foco está no presente e no regresso de jogadores importantes.
“Vamos esperar pelas eleições. Ainda há trabalho até dezembro. Antes do mercado, regressam Bah e Manu, jogadores com a fisicalidade e qualidade que precisamos. Voltam entre novembro e o início de dezembro. Depois veremos se é necessário mais algum reforço”, concluiu Rui Costa, convicto de que “a equipa tem qualidade e vai aparecer. A época está totalmente em aberto.”
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