Na antevisão ao jogo do Benfica com o Newcastle, da 3.ª jornada da Liga dos Campeões, José Mourinho falou de eleições, de Bobby Robson e da dificuldade do desafio em St. James’ Park, deixando claro o orgulho em treinar as águias.
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O técnico recusou associar a pressão do encontro ao clima eleitoral:
“Jogar, treinar no Benfica, já por si só, encerra pressão e responsabilidade. Não acho justo que venha ainda uma pressão extra das eleições. O nosso trabalho é outro e é nisso que temos de focar”, sublinhou.
Sobre a importância do duelo europeu, relativizou:
“O jogo de amanhã não é decisivo. Estão 18 pontos em disputa e depois do jogo de amanhã estarão 15. Jogaremos como se fosse, mas não é”.
Mourinho recordou ainda a ligação de Bobby Robson ao Newcastle:
“Trabalhei com o mister Robson quatro, seis anos e não havia um dia que ele não me mostrava a sua paixão pelo Newcastle. Nunca escondi que o Newcastle sempre foi um clube querido para mim, por influência de uma lenda deste clube e desta região”.
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Quanto ao adversário, não poupou nos elogios:
“Jogamos contra uma equipa muito forte. Olham para a classificação na Premier e ficam enganados no que toca ao potencial. São tremendamente físicos, fortes no jogo direto, com quatro alas rápidos. O estádio joga com eles. É extremamente complicado para nós, mas também para eles”, afirmou.
Questionado se aceitaria um empate antes do apito inicial, foi perentório:
“Não. Disse o mesmo com o Chelsea e perdemos. Queremos jogar e dentro das limitações estamos preparados”.
Mourinho fez também questão de isolar a equipa do ambiente político:
“Ser jogador e treinador do Benfica não é fácil. Os adeptos querem vitórias e bons jogos e isso é suficiente para estarmos motivados. A situação eleitoral seria pressão extra se estivéssemos focados nela e não estamos”.
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Por fim, reforçou o peso do Benfica na sua carreira e vida atual:
“Nunca recusei o Newcastle. Já recusei alguns clubes, mas o Newcastle nunca entrou em contacto comigo. Neste momento, não haveria outro clube que me motivasse e me fizesse mais feliz do que o Benfica. Eu não trocaria o Benfica por nenhum outro clube no mundo”.