O empate frente ao SC Braga (1-1) no Estádio de Alvalade, que custou a liderança ao Sporting, deixou marcas dentro e fora das quatro linhas. Rui Borges, visivelmente afetado no pós-jogo, deixou declarações que geraram polémica, sobretudo no que diz respeito ao jovem avançado dinamarquês Harder.
Veja também: BOMBA: É o fim - Ronaldo troca Georgina por modelo árabe
O técnico leonino, questionado na sala de imprensa sobre o motivo de só ter lançado Harder aos 90 minutos, reagiu de forma dura, chegando a dizer: “Não tenho de justificar o porquê de nada. São opções”. E foi mais longe: “Nos últimos jogos que Harder entrou, deu pouco ou nada à equipa. Não segurou bolas, muito trapalhão, quis entrar muitas vezes no 1x1, porque ele não joga naquela posição”.
No entanto, segundo informações apuradas pelo jornal A Bola, Rui Borges procurou o avançado no dia seguinte e reconheceu que errou. Fonte próxima do treinador confidenciou que o técnico fez questão de conversar diretamente com Harder, pedindo desculpa pelas palavras ditas e explicando que o momento vivido – a perda da liderança em casa – contribuiu para um comportamento menos ponderado.
Veja também: A reação do plantel e de Anselmi ao castigo imposto por Villas-Boas
O treinador do Sporting reconheceu que a forma como comunicou foi resultado da sua própria inexperiência em momentos de alta pressão e sublinhou que a mensagem transmitida não refletia a confiança que tem no jovem jogador, que completou 20 anos precisamente no dia do jogo frente ao SC Braga.
Além do pedido de desculpa, Rui Borges procurou reforçar junto de Harder – e de todo o plantel – a confiança nas capacidades do grupo. Internamente, o treinador defende que o regresso à liderança depende apenas do Sporting e pediu uma resposta forte já no próximo encontro, frente ao Santa Clara.
Apesar dos escassos 33 minutos que Harder somou nos últimos seis jogos da Liga, Rui Borges continua a acreditar no valor do dinamarquês e está convicto de que o episódio não deixará mossa no balneário leonino. O foco, agora, é recuperar a consistência exibicional e emocional da equipa nas seis finais que faltam até ao fim do campeonato.