O Marselha atravessa uma fase menos positiva depois de um início de temporada promissor. Após cinco vitórias consecutivas e a liderança da Ligue 1, a equipa francesa não venceu nos últimos três jogos, começando a sequência negativa com a derrota por 2-1 frente ao Sporting, em Alvalade, partida que ficou marcada pela expulsão de Emerson ainda na primeira parte.
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Em conferência de imprensa, o lateral brasileiro assumiu o erro, mas também apontou críticas à arbitragem pelo primeiro cartão amarelo mostrado.
“Gostaríamos de ganhar todos os jogos, mas no futebol há momentos assim. Tivemos um pouco de azar nos últimos três jogos. Jogámos bem contra o Sporting e o Lens. Na primeira parte contra o Angers, não jogámos como estamos habituados. Continuamos confiantes, estamos positivos. Sabemos que podemos ir lá para ganhar o jogo”, começou por dizer.
Emerson reconheceu que a expulsão teve impacto no desfecho do encontro, mas garantiu que aprendeu com o episódio:
“Interpretei mal a situação, tenho a minha responsabilidade, mas é impossível receber um primeiro cartão amarelo como o que recebi. O árbitro não viu a ação e disse que eu queria pegar a bola com a mão, o que não é verdade. O segundo cartão amarelo é da minha responsabilidade. Lamento pelos meus colegas de equipa por os deixar com dez, mas é preciso seguir em frente e pensar no próximo jogo”.
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O defesa acrescentou ainda que o desgaste físico tem sido notório nesta fase da época:
“Fisicamente, continuo a ser humano, por isso podemos estar um pouco cansados. O importante é estarmos mental e fisicamente preparados amanhã”.
Já o treinador Roberto De Zerbi procurou proteger o grupo e contextualizar as críticas que surgiram após a derrota frente ao Sporting. O técnico italiano afirmou não se sentir ofendido pelas análises negativas e sublinhou que as dificuldades fazem parte do processo de crescimento da equipa.
“Não me sinto ofendido pelas críticas que leio após Lisboa e pelas minhas escolhas táticas. Vermereen teria dificuldade em defender com dez jogadores, ele ainda é jovem. Mason saiu contra o Angers e poderia ter defendido um pouco. Vermereen também, mas ele é um talento para este clube e devemos apoiá-lo. Tal como Robinio Vaz ou Bakola”, explicou.
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O treinador lamentou ainda os episódios infelizes que marcaram os últimos jogos, mas garantiu que mantém a confiança no grupo.
“Ficaria triste se perdêssemos em Auxerre, mas estou no futebol há muito tempo. Há momentos em que é fácil e outros em que é mais difícil. Emerson, por exemplo, não sei quantos cartões amarelos por simulação recebeu na carreira, mas isso mudou o rumo do nosso jogo. Não sei quantas vezes Pavard marcou dois autogolos em três dias na sua carreira. Eu tenho de ver as coisas com mais lucidez, não pensar apenas neste jogo. Um treinador está sempre em perigo, o seu banco está sempre quente. Eu tenho medo quando não dou o meu máximo, mas acho que trabalho o suficiente para dar tudo.”
Com a confiança de De Zerbi e a promessa de Emerson em corrigir os erros, o Marselha procura retomar o caminho das vitórias e reencontrar a consistência que o levou ao topo da Ligue 1 nas primeiras jornadas da temporada.
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