O belga Thierry Neuville (Hyundai i20) sagrou-se campeão mundial de ralis pela primeira vez na carreira, numa temporada cheia de altos e baixos que culminou com a sexta posição no Rali do Japão, última prova do campeonato.
Aos 36 anos, o piloto belga alcança finalmente o título, depois de ter terminado cinco temporadas como vice-campeão.
"É uma surpresa. Nem sei o que dizer. Foi um ano difícil, com mais pressão do que a necessária, mas acho que merecemos este título. Lutámos até ao fim", disse Neuville, visivelmente emocionado, após a prova.
O título não foi garantido sem desafios. Na sexta-feira, Neuville enfrentou problemas graves com o turbo do seu Hyundai, que o relegaram para a 15.ª posição. Com uma recuperação notável no sábado, conseguiu subir ao sétimo lugar. No domingo, beneficiou do despiste de Ott Tänak (Ford Puma), o que lhe permitiu terminar em sexto e assegurar os pontos necessários para o título.
A Toyota, no entanto, levou a melhor entre os construtores. A vitória de Elfyn Evans no Rali do Japão, aliada à performance sólida de Sébastien Ogier na power stage, garantiu à marca nipónica o título de Construtores pela oitava vez.
"Foi uma luta até ao fim. Este título é um reflexo do trabalho incansável de todos na equipa", afirmou Jari-Matti Latvala, diretor desportivo da Toyota.
Nos outros escalões, o finlandês Sami Pajari conquistou o título mundial no WRC2, enquanto o chileno Diego Dominguez sagrou-se campeão no WRC3. No final de uma época de intensa competição, o Campeonato do Mundo de Ralis volta a provar porque é uma das modalidades mais emocionantes do desporto automóvel.