A carreira de Dele Alli pode estar à beira de um final inesperado e prematuro. Aos 29 anos, o antigo internacional inglês pondera seriamente abandonar o futebol profissional, depois de ter sido afastado por Cesc Fàbregas dos planos do Como para a nova época. A informação é avançada esta sexta-feira pela Gazzetta dello Sport, que dá conta do impacto psicológico negativo que esta decisão teve no jogador.
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Depois de uma ascensão meteórica no Tottenham, onde chegou a ser titular indiscutível e presença assídua na seleção inglesa, Dele Alli passou por um declínio abrupto nos últimos anos, muito por culpa de lesões recorrentes e problemas extracampo. A ida para Itália, concretizada em Janeiro, parecia ser uma tentativa de renascimento. Mas a história pode ter durado apenas… 10 minutos.
Recomeço falhado em Itália
O médio jogou apenas uma partida oficial desde que chegou ao Como, na qual entrou aos 81 minutos… e foi expulso aos 90’+1 por uma entrada dura sobre Loftus-Cheek. Esse momento acabou por ser simbólico da passagem frustrada pelo clube italiano. Desde então, nunca mais foi opção para Fàbregas e, agora, foi mesmo relegado para o grupo de jogadores que treinam à parte, sem lugar no plantel para 2025/26.
A decisão de Fàbregas terá abalado profundamente o jogador, que tem mais um ano de contrato com o clube. No entanto, segundo o jornal italiano, Alli estará a considerar dar por terminada a sua carreira profissional, num cenário que choca pela rapidez com que se dissipou o brilho de uma estrela que prometia marcar uma geração.
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De promessa mundial a enigma por resolver
Formado no MK Dons, Dele Alli deu nas vistas muito cedo e chegou ao Tottenham em 2015 como uma das grandes esperanças do futebol britânico. Nos seus primeiros anos em White Hart Lane, foi considerado um fenómeno: talento, criatividade, chegada à área e golos — tudo em doses generosas. Em 2018, parecia estar no topo do mundo.
Contudo, a carreira rapidamente descarrilou. A falta de consistência, lesões, dificuldades fora das quatro linhas e a perda de espaço no clube levaram-no a sucessivos empréstimos, sem sucesso. Tentou relançar-se no Everton, depois na Turquia, e agora em Itália. Mas nada resultou.
Aos 29 anos, a possível reforma de Alli é um sinal de como o futebol moderno é implacável — e de como o talento, por si só, não é suficiente para garantir uma carreira longa ao mais alto nível.
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