A sucessão de Dorival Júnior no comando técnico da seleção do Brasil parece estar prestes a ser resolvida, com o nome de Jorge Jesus a ganhar cada vez mais força como principal favorito à cadeira de selecionador.
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Segundo o jornal Globo, o técnico português está totalmente disponível para abraçar o projeto canarinho e até admite rescindir de imediato com o Al Hilal, clube com o qual tem contrato até ao final da presente época.
Menos exigente que Ancelotti
Um dos factores que pode acelerar a oficialização da escolha por Jorge Jesus prende-se com o aspeto financeiro. O treinador português, de 70 anos, pede um ordenado anual de cinco milhões de euros, valor bastante inferior aos oito milhões exigidos por Carlo Ancelotti, nome que há muito seduz os responsáveis da CBF, mas que está praticamente fora de alcance devido à sua ligação ao Real Madrid e ao compromisso com o Mundial de Clubes.
Esta diferença torna Jorge Jesus uma solução bem mais viável para os cofres da Confederação Brasileira de Futebol, que procura um treinador experiente, vencedor e capaz de restaurar a identidade competitiva da seleção.
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Desejo antigo e regresso esperado
Recorde-se que Jorge Jesus sempre manifestou vontade de voltar ao Brasil, país onde atingiu um estatuto lendário após conquistar uma série de títulos com o Flamengo entre 2019 e 2020, incluindo a tão desejada Taça Libertadores. A sua relação com o futebol brasileiro continua próxima, e muitos dos jogadores que agora integram a seleção trabalharam diretamente com o técnico de Amadora.
Nos bastidores da CBF, muitos responsáveis já admitem como praticamente certo o acordo com o treinador português, restando apenas a formalização de uma proposta oficial e a gestão da saída antecipada do Al Hilal — algo que Jorge Jesus não colocará entraves em facilitar.
Novo ciclo à vista?
Se se confirmar, a chegada de Jorge Jesus ao comando do Brasil representará uma nova era para a canarinha, com uma abordagem táctica mais europeia, exigência máxima no plano físico e um foco claro em resultados. O tempo de preparação será curto, já que os próximos compromissos oficiais estão agendados para o início de junho, frente ao Equador (dia 4) e Paraguai (dia 7), na qualificação para o Mundial 2026.