O ex-ciclista colombiano Lucho Herrera, vencedor da Vuelta a Espanha em 1987 e figura histórica do ciclismo sul-americano, está no centro de um caso judicial de enorme gravidade. Segundo denúncia de dois ex-paramilitares, Herrera é acusado de ter mandado matar quatro vizinhos em 2002, numa alegada disputa por terrenos junto à sua propriedade.
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A história foi revelada pela imprensa colombiana, com base em testemunhos prestados pelos antigos membros das Autodefesas Campesinas de Casanare, grupo paramilitar envolvido em diversos episódios violentos no país durante os anos 90 e 2000.
🗣️ Testemunhos chocantes e pormenores macabros
De acordo com os denunciantes — conhecidos pelos nomes de código “Ojitos” e “Menudencias” —, Lucho Herrera terá entregue dois envelopes ao líder do grupo: um com fotografias das alegadas vítimas, e outro com 40 milhões de pesos colombianos (cerca de 9 mil euros à época), com ordens para “eliminar milicianos que planeavam raptá-lo”.
Contudo, os paramilitares alegam que as vítimas não eram guerrilheiros, mas sim simples camponeses envolvidos em litígios de propriedade com o ex-atleta.
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“Viviam ao lado da quinta dele. Cortámos-lhes a garganta e esquartejámo-los numa propriedade junto à estrada”, revelou um dos testemunhos, segundo a publicação El Tiempo.
⚖️ Processo ainda sem acusação formal
Apesar das acusações extremamente graves, Lucho Herrera ainda não foi formalmente indiciado pelas autoridades judiciais colombianas. O seu nome surge agora numa nova linha de investigação sobre crimes cometidos por grupos armados durante o conflito interno que assolou a Colômbia por décadas.
Herrera, atualmente reformado e ligado a negócios imobiliários, não comentou publicamente as acusações até ao momento.
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