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Nacional
22/06/25

Os piores treinadores da história do FC Porto: Onde fica Anselmi?

Anselmi em queda livre… mas há mais nomes que deixaram má memória no Dragão. Saiba mais pormenores e partilhe a sua opinião.

O FC Porto é um dos clubes mais vitoriosos e exigentes do futebol europeu. A mística do Dragão, construída com suor, títulos e exigência, não perdoa épocas mal planeadas, treinadores sem identidade ou líderes que não saibam interpretar o peso do escudo ao peito. 

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Com Martín Anselmi em rota descendente e fortemente contestado após resultados desanimadores, vale a pena olhar para trás e perceber quem foram os piores treinadores da história do FC Porto — e como o argentino se posiciona nesse triste ranking. 

Martín Anselmi (2024–2025) – O pior registo de sempre? 

  • Jogos: 20 
  • Vitórias: 10 
  • Empates:
  • Derrotas:
  • Percentagem de vitórias: 50% 

Contratado ao Cruz Azul por 3,1 milhões de euros, Anselmi chegou como promessa de modernidade. Sai, muito provavelmente, como o treinador com a pior média de vitórias da era moderna do FC Porto. No campeonato, ficou a 11 pontos do Sporting e a 9 do Benfica. Nas provas europeias, apenas uma vitória em cinco jogos. No Mundial de Clubes, à beira da eliminação. E no balneário, relatos de uma equipa sem direção. Nunca ninguém fez tão pouco com tantos recursos — e por isso é difícil não o considerar, para já, o maior erro de casting da história técnica portista

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Carlos Alberto Silva (1991–1993) – O campeão que deixou saudades… e dúvidas 

  • Jogos: 91 
  • Vitórias: 55 
  • Empates: 21 
  • Derrotas: 15 
  • Percentagem de vitórias: 60,4% 

Apesar de ter sido campeão nacional, o técnico brasileiro foi criticado pela falta de carisma e por alguma instabilidade nas segundas épocas. Não entra no “pior lote”, mas é um exemplo de como até vitórias não garantem unanimidade no Dragão. 

Victor Fernández (2004–2005) – O “incompatível” com a mística 

  • Jogos: 38 
  • Vitórias: 21 
  • Empates:
  • Derrotas:
  • Percentagem de vitórias: 55,2% 

Foi o homem escolhido para tentar dar seguimento ao sucesso europeu pós-Mourinho, mas nunca se impôs. A equipa jogava sem intensidade e acumulou desaires incompreensíveis. Acabaria despedido a meio da época, substituído por Couceiro. 

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José Couceiro (2005) – Curto e… pouco doce 

  • Jogos: 22 
  • Vitórias: 11 
  • Empates:
  • Derrotas:
  • Percentagem de vitórias: 50% 

Couceiro foi uma solução de recurso que não resultou. O FC Porto perdeu o campeonato para o Benfica e acumulou exibições pálidas. Curiosamente, a sua percentagem de vitórias é igual à de Anselmi — mas num contexto muito mais limitado em termos de investimento e expectativas. 

Del Neri (2004) – O técnico… que não chegou a treinar 

Luigi Del Neri é um caso insólito: foi apresentado oficialmente como treinador do FC Porto, mas acabou por nunca orientar a equipa em jogos oficiais. Divergências na preparação da época levaram à sua saída precoce. Não entra nas estatísticas, mas é símbolo de uma época de instabilidade. 

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Luís Castro (2014, interino) – O académico no meio da tempestade 

  • Jogos: 16 
  • Vitórias:
  • Empates:
  • Derrotas:
  • Percentagem de vitórias: 56,2% 

Apesar do rótulo de “solução de recurso”, Castro até teve registo aceitável. Mas os adeptos não esqueceram a quebra anímica e o fim de época penoso. A ausência de títulos ditou-lhe um papel transitório. 

Fernando Mendes, Sebastião Lazaroni e outros dos anos 70/80 

Antes da era Pinto da Costa e da profissionalização moderna, o FC Porto teve fases muito irregulares, sobretudo entre os anos 60 e meados dos anos 70. Nomes como Fernando Mendes (1979) ou Lazaroni (1989) passaram com pouca glória e grande contestação, mas num contexto de menor estabilidade interna. 

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Conclusão: Anselmi no fundo da tabela 

Com os números actuais, Martín Anselmi já se iguala — ou mesmo supera negativamente — os piores registos da história do FC Porto. A diferença é que muitos dos anteriores trabalharam com menos recursos, menos expectativas e em contextos de transição. Anselmi teve tempo, reforços, margem — e falhou em quase todas as frentes. 

Se não sair já após o Mundial de Clubes, dificilmente resistirá ao início da nova época. E a julgar pela exigência histórica dos adeptos portistas, ninguém perdoará o treinador com o pior registo da era moderna do Dragão

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André Miguel Rodrigues