Bruno de Carvalho foi o convidado deste sábado do programa Alta Definição, da SIC, e abordou, de forma intensa e emotiva, os momentos mais difíceis da sua vida, em particular os quatro dias em que esteve detido, há seis anos.
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🟢 “Transformaram-se num ano em que eu dormia com a porta da rua aberta, com metade do corpo dentro de casa e metade do corpo fora”, confessou o antigo presidente do Sporting, referindo que sofre de claustrofobia, algo que se agravou drasticamente após o período em que esteve encarcerado.
“O sítio onde me puseram devia ter dois metros por um, se tanto. Fiquei com níveis de claustrofobia tão elevados que não conseguia estar com a porta de casa fechada. Depois, passei para o sofá, que é perto da porta da rua, e só voltei a uma cama quase dois anos depois”, explicou Bruno de Carvalho, visivelmente marcado.
O ex-dirigente leonino revelou ainda detalhes das condições em que esteve detido:
“Foram quatro dias sem tomar banho. A cela tinha um buraco no topo, um frio descomunal. A cama era de betão, sem colchão nem cobertores. E a sanita turca era um buraco no chão”.
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A entrevista foi também marcada por um momento de grande vulnerabilidade emocional, quando Bruno de Carvalho partilhou o que sentiu ao ver na capa de uma revista que se teria tentado suicidar.
“Fiquei com medo. Achei que ia aparecer a boiar e que iam dizer que me tinha suicidado”, relatou. “Violentaram-me o carro. Iam a minha casa à 1 e 2 da manhã e diziam ‘vou-te matar’. Diziam o nome completo das minhas filhas, a escola onde andavam, os horários… No caso da mais velha, até os autocarros”.
🟢 O ex-líder dos leões terminou a entrevista com palavras que deixam eco: o trauma daqueles dias foi profundo e, segundo o próprio, teve impacto prolongado na sua saúde mental e na vida familiar.
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