É o dérbi da 13.ª jornada da Primeira Liga, um confronto que pode aproximar as águias dos leões… ou empurrar a equipa de Rui Borges ainda mais para cima, numa luta que envolve também o FC Porto.
José Mourinho descreveu o Benfica como estando “em modo Ferrari”, metáfora que não passou despercebida e que traduz bem o momento encarnado: quatro jogos sem perder, três vitórias consecutivas e exibições mais sólidas, tanto no campeonato como nas competições europeias. O Sporting, por sua vez, responde com idêntica autoridade: quatro triunfos seguidos, incluindo o 3-0 ao Club Brugge na Liga dos Campeões, e uma série positiva que devolveu confiança ao colectivo verde e branco.
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Pelo meio, há contas importantes. O Sporting é segundo com 31 pontos; o Benfica segue logo atrás com 28. Caso haja empate e o FC Porto vença no domingo o Tondela, os dragões podem abrir vantagem de cinco pontos na liderança. Tudo isto aumenta ainda mais a pressão sobre um jogo que já por natureza carrega simbolismo, história e um século de confrontos.
Os onzes prováveis
Benfica:
Trubin; Dedic, António Silva, Otamendi, Dahl; Enzo Barrenechea, Aursnes, Richard Ríos; Sudakov, Leandro Barreiro e Pavlidis.
Sporting:
Rui Silva; Iván Fresneda, Diomande, Gonçalo Inácio, Maxi Araújo; Hjulmand, Morita; Geny Catamo, Trincão, Quenda e Luis Suárez.
Ambos os treinadores lidam com baixas importantes: Mourinho continua sem Bah, Nuno Félix, Bruma, Lukebakio e Henrique Araújo, embora conte novamente com Richard Ríos. Já Rui Borges tem Ioannidis em dúvida e Bragança, Debast e Nuno Santos de fora. Pedro Gonçalves regressa à lista e pode mesmo ganhar um lugar no onze.
Histórico e peso do dérbi
O Benfica chega com vantagem histórica significativa:
– 140 vitórias contra 116 do Sporting (71 empates)
– 83 triunfos encarnados em 182 jogos da I Liga
– Na Luz, o domínio acentua-se: 49 vitórias para o Benfica em 91 jogos
Ainda assim, os últimos anos mostram maior equilíbrio: nos últimos 11 confrontos na Luz para o campeonato, o Benfica venceu quatro, o Sporting dois e houve três empates. O triunfo encarnado na Supertaça deste verão — 1-0, golo de Pavlidis — ainda está fresco na memória.
O que disseram os treinadores
José Mourinho (Benfica):
“Três vitórias seguidas são positivas, mas não nos tiram a humildade. Trabalhamos, festejamos e sofremos como equipa.”
Rui Borges (Sporting):
“Temos de ser equilibrados em todos os momentos. O Benfica é muito forte nas transições e temos de saber anular isso.”
