Apesar de já estar fora do país a gozar um curto período de férias, Rui Borges deixou trabalho de casa bem definido na Academia de Alcochete antes da partida.
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Em diversas reuniões com Frederico Varandas, Bernardo Palmeiro e Flávio Silva, o treinador do Sporting traçou as linhas-mestras para a renovação do plantel leonino — com mudanças significativas em relação ao modelo seguido por Rúben Amorim nos últimos quatro anos.
Uma das alterações mais marcantes prende-se com o número de jogadores no plantel principal. Ao contrário do que era prática com Amorim, que privilegiava um grupo reduzido de 23 a 24 atletas, Rui Borges pretende trabalhar com um lote mais alargado: 26 a 27 jogadores. A decisão prende-se com as exigências de uma temporada longa, a multiplicidade de frentes competitivas e a experiência recente de uma época marcada por um número invulgar de lesões.
“Mesmo apreciando a dinâmica de um plantel curto, a experiência recente mostrou que é essencial ter profundidade e soluções em todas as posições”, partilhou fonte próxima do processo.
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Com esta nova estrutura, o técnico mirandelense quer garantir versatilidade táctica, equilíbrio competitivo e opções reais a partir do banco, numa abordagem que visa não repetir os momentos de fragilidade sentidos durante a temporada passada.
Reforços para entrar de caras
No que toca ao mercado de transferências, a política mantém-se em linha com a dos últimos anos, mas com uma nuance importante: os reforços que ainda virão terão de fazer a diferença. Já com Alisson (ex-UD Leiria) e Kochorashvili (ex-Levante) garantidos, Rui Borges pediu à direção três a quatro reforços de peso, adaptados ao seu modelo de jogo e prontos a discutir a titularidade de imediato.
A aposta recairá, uma vez mais, em jogadores sem estatuto mediático, mas com ambição, fome de afirmação e forte competitividade interna — um perfil semelhante ao de nomes que triunfaram em Alvalade nos últimos anos, como Gyökeres, Hjulmand ou Debast.
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Formação ganha ainda mais espaço
Se há linha que Rui Borges manterá, é a da aposta na formação — com reforço claro. Os jovens que já se estrearam pela equipa principal na última época serão integrados nos trabalhos da pré-temporada e terão nova oportunidade para se afirmarem. A valorização da equipa B e o aproveitamento do talento que cresce em Alcochete continuam a ser pilares do projeto desportivo leonino, agora sob nova liderança técnica.
Rui Borges inicia assim o seu percurso com ideias firmes e uma abordagem clara: alargar o grupo, reforçar com critério e manter o ADN formativo que distingue o Sporting. A preparação para 2024/25 já começou — ainda que longe dos relvados.
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