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Nacional
01/07/25

Atenção FC Porto: Farioli quebra o silêncio e deixa recado sobre o futuro

Técnico italiano falou pela primeira vez desde a saída do Ajax. Não confirmou o FC Porto, mas traçou o perfil exacto do projecto que procura — e parece feito à medida dos dragões.

Francesco Farioli quebrou o silêncio. Sem fazer qualquer referência direta ao FC Porto, o técnico italiano de 35 anos — apontado como o sucessor de Martín Anselmi — concedeu uma entrevista divulgada pela sua assessoria de imprensa, onde abordou pela primeira vez a saída do Ajax e partilhou a visão sobre o futuro

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As suas palavras deixam pistas claras sobre o tipo de desafio que procura… e o Dragão encaixa em vários dos critérios definidos. 

«Quero encontrar um contexto disposto a trabalhar com os mesmos princípios e a mesma intensidade que sempre procurei colocar em prática», afirmou Farioli. «Para mim, é essencial que exista uma forma clara e partilhada de fazer as coisas. O confronto é normal em qualquer relação, mas deve ser orientado para o resultado final. Esses pequenos detalhes muitas vezes decidem o sucesso de uma época». 

A recusa em precipitar a próxima decisão é também reveladora: «Não tenho pressa. Quero escolher cuidadosamente o meu próximo passo, independentemente do prestígio do clube ou do campeonato». 

Uma estrutura clara — mas aberta ao clube 

Farioli explicou também como estrutura habitualmente as suas equipas técnicas. Trabalha com um núcleo duro de seis colaboradores — dois adjuntos, um preparador físico, um treinador de guarda-redes, um analista de vídeo e um responsável pela recuperação de lesionados — mas faz sempre questão de integrar elementos do próprio clube

«É essencial ouvir quem já conhece o clube e o contexto. Fizemos isso em Nice e em Amesterdão. No final, no Ajax, a equipa técnica tinha 14 pessoas: seis minhas e oito já ligadas ao clube. Essa integração é chave para o sucesso». 

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O treinador toscano sublinhou ainda a importância de incluir alguém com experiência no campeonato em causa, uma prática que tem repetido por onde passa: Turquia, França, Países Baixos.

«Ter alguém que conheça o campeonato é uma enorme ajuda. Pode ser um ex-jogador ou um técnico com experiência local. Ajuda a perceber melhor o ambiente, o tipo de campos, até a atmosfera dos jogos». 

Experiência europeia adaptada à realidade do FC Porto 

Um dos pontos mais relevantes da entrevista — e que ganha ainda mais peso tendo em conta a participação do FC Porto na Liga Europa — prende-se com a gestão de semanas de competição europeia. 

«Jogar à quinta-feira e ao domingo é um desporto completamente diferente», disse Farioli. «No Ajax, preparámos estratégias específicas para isso. Conseguimos 12 vitórias em 15 jogos que se seguiram a compromissos da Liga Europa. A chave está na gestão e optimização dos recursos».

O técnico italiano reconhece que essa exigência obriga a um planeamento rigoroso: «Na prática, esses três dias entre jogos não existem. Entre viagens, conferências de imprensa e recuperação física, o tempo encurta muito». 

Discurso de rigor, identidade e método 

Sem nunca dizer o nome “FC Porto”, Farioli deixou claro o que procura: um clube com identidade, exigência, estrutura e abertura para trabalhar com uma ideia partilhada. Um clube que aceite o confronto construtivo e que esteja pronto para competir ao mais alto nível, com intensidade máxima — sempre. 

Palavras que, lidas no contexto actual, soam quase como uma apresentação antecipada no Dragão. 

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André Miguel Rodrigues