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Nacional
13/12/25 às 12:12

“Está num momento incrível”: Roberto Martínez abre a porta da Seleção a Paulinho e aponta ao Mundial’2026

Roberto Martínez deixou claro que a Seleção Nacional continua em construção e que nada está fechado rumo ao Mundial’2026.

Em entrevista ao programa Futebol Total, do Canal 11, o seleccionador nacional abordou o futuro da equipa das quinas, falou do sorteio da fase de grupos, do ambiente no balneário e assumiu que Portugal procura soluções para a posição de ponta de lança, abrindo a porta a nomes como Paulinho, atualmente em grande forma no Toluca.

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O técnico começou por analisar o enquadramento de Portugal na competição, considerando favorável o calendário definido. “Tivemos sorte. O primeiro jogo é apenas dia 17 de Junho e isso é importante para a preparação individual. Todos os jogadores têm épocas cheias de minutos e o descanso é fundamental”, explicou Martínez, acrescentando que a possibilidade de realizar dois jogos particulares, a 6 e 10 de Junho, em Portugal, será importante para criar ligação com os adeptos antes do arranque do torneio.

Martínez referiu ainda que acompanhou de perto o recente Mundial de Clubes, sublinhando desafios específicos da prova que também se irão colocar no Mundial’2026, como a humidade e a altitude. “É importante treinar bem e adaptar ao clima para manter os jogadores com energia”, afirmou, deixando elogios à Colômbia, um dos adversários de Portugal na fase de grupos. O seleccionador destacou a flexibilidade e a qualidade individual dos colombianos, com referência especial a Luis Díaz, que atravessa “um momento incrível”.

O ambiente interno da Seleção foi outro dos temas centrais da conversa. Para Martínez, o espírito de grupo é determinante para atingir grandes objectivos. O seleccionador recordou a última Liga das Nações, na Alemanha, destacando o papel de jogadores menos utilizados, como José Sá. “Não jogou um minuto, mas foi muito importante. Precisamos desses jogadores para criar a melhor equipa”, sublinhou, explicando que o grupo de trabalho é alargado, mas que nem todos podem ser convocados. “A convivência é essencial. A nossa preparação será de oito jogos”, acrescentou.

Sobre os jogos particulares frente ao México e aos Estados Unidos, agendados para Março, Martínez explicou que fazem parte de uma estratégia clara de preparação para o Mundial. Jogar nos Estados Unidos, em Atlanta, permitirá simular condições semelhantes às que Portugal poderá encontrar no Canadá, enquanto a deslocação ao México representa um desafio psicológico e físico, sobretudo pela altitude. “É uma experiência segura para preparar o estágio de Março”, explicou.

Questionado sobre ambições, Roberto Martínez foi claro: o objectivo é ganhar o Mundial, mas sem assumir Portugal como favorito. “Só há oito selecções que venceram o Mundial. Nunca ganhámos, mas podemos ser candidatos”, afirmou. O seleccionador recordou o duelo com a França no Euro’2024, onde acredita que Portugal mereceu outro desfecho, e destacou a vitória frente à Alemanha, fora de casa, como prova da força psicológica da equipa.

O seleccionador voltou também a falar de Diogo Jota, sublinhando o impacto humano e emocional do antigo internacional português. “Não podemos substituir o Diogo Jota. Conseguimos que ele seja a nossa força. É uma responsabilidade cumprir o sonho dele de ganhar o Mundial”, afirmou, lembrando a influência positiva do jogador no balneário.

É neste contexto que surge a necessidade de encontrar um novo ponta de lança. Martínez assumiu que essa será uma prioridade já em Março e deixou elogios claros a Paulinho. “Está num momento incrível. É um jogador de área, cresceu muito e é uma opção dentro dos 26”, garantiu, referindo ainda André Silva, atualmente no Elche, e Fábio Silva como alternativas em observação.

Por fim, Roberto Martínez voltou a afastar a ideia de que Portugal joga melhor sem Cristiano Ronaldo. O seleccionador elogiou a atitude do capitão e sublinhou o impacto que continua a ter nos adversários. “Com ele em campo, são dois jogadores condicionados. A atitude atual do Cristiano é exemplar. São 21 anos na selecção e o que transmite às gerações é único”, concluiu.

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Portugal está inserido no Grupo K do Mundial’2026, juntamente com Uzbequistão e Colômbia. O último adversário será definido através do play-off intercontinental, que envolve República Democrática do Congo, Jamaica e Nova Caledónia.