O Olympique Lyonnais vai continuar a disputar a Ligue 1 na época 2024/25. A decisão chega após semanas de incerteza, com o clube francês a vencer o recurso apresentado à Direção Nacional de Controlo e Gestão (DNCG), órgão que supervisiona a saúde financeira dos clubes profissionais em França. A confirmação oficial foi dada esta quarta-feira, tanto pelo próprio clube como pela Federação Francesa de Futebol (FFF), anulando a decisão tomada a 24 de junho que colocava o Lyon na Ligue 2 por incumprimento financeiro.
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Para o Lyon, a decisão marca um ponto de viragem num verão turbulento. “O Olympique Lyonnais celebra a decisão de hoje da DNCG de manter o clube na Ligue 1. O OL agradece ao Comité de Apelo por reconhecer a ambição da nova administração do clube, determinada em garantir uma gestão séria no futuro”, lê-se no comunicado oficial dos gones. O clube acrescenta ainda que esta decisão representa “o primeiro passo para restaurar a confiança no Olympique Lyonnais”.
Na base deste volte-face está a reestruturação administrativa operada nas últimas semanas. Michele Kang, empresária norte-americana de 66 anos, foi nomeada presidente do clube no final de junho, substituindo John Textor, até então figura central na estrutura do Lyon enquanto acionista maioritário através do Eagle Football Group. A saída de Textor da presidência — embora mantendo a influência no grupo empresarial — abriu caminho a uma nova abordagem junto das autoridades francesas, com Kang a liderar o processo de recurso que viria a ser bem-sucedido.
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Michele Kang já tinha ligações ao clube, sendo presidente e proprietária da equipa feminina OL Lyonnais e membro do conselho de administração do Eagle Football Group. A sua ascensão à presidência da entidade masculina do Olympique Lyonnais foi encarada como uma medida para devolver estabilidade e credibilidade a um emblema que, apesar da sua tradição no futebol francês, atravessa um período de instabilidade financeira e desportiva.
Recorde-se que a DNCG havia decretado a despromoção do Lyon devido ao não cumprimento dos requisitos financeiros exigidos para a manutenção na primeira divisão. Apesar de desportivamente o clube ter assegurado a permanência, a DNCG — que funciona como o “guarda-livros” da Ligue 1 — actua de forma independente e pode impor sanções severas, incluindo descidas administrativas, quando identifica riscos financeiros significativos.
A permanência na elite representa um enorme alívio não apenas para os adeptos do Lyon, mas também para o novo treinador da equipa principal, o português Paulo Fonseca, que chega ao clube com a difícil missão de devolver estabilidade desportiva a um projecto que, nos últimos anos, tem oscilado entre ambição e desorganização.
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Com esta decisão, o clube pode finalmente concentrar-se nos seus objectivos desportivos e preparar a temporada que se avizinha com maior serenidade. O mercado de transferências e a construção do plantel estavam em suspenso, dependentes desta resolução, e a estrutura técnica liderada por Fonseca ganha agora margem para planear uma época onde o Lyon procura voltar a competir no topo do futebol francês.