Portugal carimbou este domingo a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026 com uma exibição avassaladora no Estádio do Dragão.
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A vitória por 9-1 sobre a Arménia fechou a fase de apuramento com chave de ouro e mereceu largos elogios de Roberto Martínez, que destacou sobretudo a maturidade exibida pela equipa num momento decisivo.
Na flash-interview da Sport TV, o selecionador começou por enaltecer a atitude coletiva demonstrada.
«Acho que o importante era focarmo-nos no jogo. Durante o intervalo contra a Hungria estávamos apurados para o Mundial e depois foi difícil não o conseguirmos. Hoje focamo-nos no jogo, tivemos um desempenho muito completo, com bola e sem bola. Também todos os jogadores que vieram desde o banco tiveram uma resposta responsável», afirmou.
Martínez reforçou que a equipa não se desviou do objetivo, mesmo quando o resultado começou a avolumar-se.
«Se mudava alguma coisa hoje? Foi importante depois do 3.º e do 4.º golo sermos solidários e não perdermos o objetivo. Marcámos 9 e tivemos mais oportunidades. A atitude da equipa foi muito boa. Uma vez mais, a magia do Dragão ajudou muito. Dar os parabéns aos nossos adeptos, que nos ajudaram», acrescentou.
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Questionado sobre as declarações de outros selecionadores, que apontam Portugal como candidato ao título mundial, o técnico mostrou satisfação com a evolução da equipa.
«Agora sim, agora podemos sonhar com o Mundial. Gostei muito da resposta dos jogadores, com um trabalho responsável depois da derrota com a Irlanda. Agora estamos mais preparados para ir ao Mundial do que quando ganhámos os 10 jogos na qualificação para o Europeu. Hoje era uma homenagem muito bonita para o Eusébio. Hoje fomos tudo aquilo o que a Seleção significa», sublinhou.
Sobre o formato mais curto da fase de apuramento, Martínez afirmou que a abordagem foi sempre clara.
«Muito importante. Era uma fase de apuramento esquisita, com seis jogos, não precisamos de calculadora. Já ouvi muitos adeptos a falar sobre isso. Agora é preparar o Mundial», concluiu na Sport TV.
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Em declarações à RTP1, o selecionador explicou o que mudou na exibição frente à Arménia.
«Acho que a primeira ideia é que jogámos para sermos melhores do que a Arménia e vencer pelos nossos adeptos, em frente a eles. Na Irlanda estivemos ansiosos, estávamos com o Mundial na linha, isso é difícil. Ficámos, durante 45 minutos, contra a Hungria, apurados, e ficámos fora. Foi difícil gerir isso», afirmou.
Martínez admitiu que o problema da equipa não era técnico nem tático, mas mental.
«Gostei muito da reação dos jogadores, do trabalho feito depois da Irlanda e voltámos a ver a seleção. Voltámos a ver uma equipa muito comprometida, solidária, com uma execução dos conceitos muito boa, isso foi o que mudou. Psicologicamente, foi a minha primeira derrota em 43 jogos em fase de apuramento para um Mundial ou Europeu e percebi que não era um aspeto tático, técnico ou físico. Era psicológico, na dificuldade de jogar com a ideia de perder. Aqui, jogámos para ganhar», explicou.
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Sobre a influência de Cristiano Ronaldo e de outros jogadores habitualmente titulares, Martínez foi claro.
"Não, somos melhores com o Cristiano, com o Nuno Mendes e com o Pedro Neto. Isso é importante, o futebol é um jogo de erros, de dificuldades e de resiliência. Quando não temos jogadores disponíveis precisámos de encontrar soluções. Acho que o importante é ter todos os jogadores, mas é também importante ter confiança e ter a ideia clara de que podemos ganhar quando há jogadores que não estão no onze», reforçou, numa intervenção que chegou a ser interrompida pelo abraço de Pedro Proença, presidente da FPF.
Quanto aos objetivos para o Mundial, o técnico fez questão de destacar a importância da preparação.
«Acho que a preparação é importante. Diria a todos os adeptos que desfrutem do sorteio porque é muito importante. Jogar no dia 11, 12 ou 17 de junho muda muito a nossa preparação, mas vamos tentar preparar isto em março. É muito importante este estágio», finalizou.
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Com a qualificação assegurada e uma exibição de grande nível, Portugal segue agora para a próxima fase com confiança reforçada e um selecionador satisfeito com a resposta do grupo.
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