O que parecia ser um regresso iminente ao Estádio da Luz acabou por se transformar num verdadeiro golpe de teatro. João Félix, que tinha tudo encaminhado para voltar ao Benfica, foi convencido nas últimas horas a rumar ao Al Nassr, num negócio surpreendente que contou com a influência direta de Cristiano Ronaldo e Jorge Jesus.
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Segundo revela o Correio da Manhã, o internacional português de 25 anos vai mesmo aceitar o convite milionário do emblema saudita, deixando para trás a proposta sentimental (e financeiramente inferior) do clube onde se formou e que sempre sonhou voltar a representar.
Coração ou carteira? Al Nassr venceu
O Benfica avançou com uma proposta ambiciosa dentro das suas possibilidades: três milhões de euros limpos por temporada, mais bónus. Mas o Al Nassr não se fez rogado e colocou em cima da mesa um contrato superior a seis milhões de euros anuais — ultrapassando inclusivamente o salário que Félix auferia no Chelsea, onde recebia cerca de cinco milhões.
Apesar da vontade inicial de regressar à Luz, Félix acabou por ceder à proposta saudita, muito por força de uma conversa tida na passada sexta-feira com Cristiano Ronaldo e Jorge Jesus, ambos figuras de proa no clube de Riade. De acordo com o jornal O JOGO, essa conversa foi decisiva para mudar o rumo das negociações, que até então pendiam a favor do Benfica.
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Félix estava a negociar com Rui Costa
A estrutura encarnada, liderada por Rui Costa, acreditava na possibilidade real de concretizar o regresso do avançado formado no Seixal. As negociações com o Chelsea, detentor do passe do jogador, já estavam em marcha para a aquisição de 50% dos direitos desportivos.
Recorde-se que João Félix teve uma temporada passada algo discreta: começou pelo Chelsea e acabou emprestado ao AC Milan, onde somou apenas três golos em 21 jogos. Ainda assim, o seu valor de mercado e potencial continuam a ser muito apreciados, sobretudo no Médio Oriente, onde as estrelas europeias continuam a ser alvo de forte investimento.
Fim de um sonho… por agora
A camisola 10 do Benfica — deixada vaga por Orkun Kokçu — chegou a ser apontada a Félix, e o anúncio do regresso chegou mesmo a estar a ser preparado para a Eusébio Cup. No entanto, os milhões sauditas falaram mais alto, e o sonho de Rui Costa fica adiado (ou morto?).
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Para o jogador, esta será uma nova etapa num campeonato em ascensão, onde encontrará colegas da selecção e onde poderá, teoricamente, garantir maior tempo de jogo. No entanto, a dúvida permanece: será este o ambiente competitivo ideal para recuperar a confiança e a preponderância na selecção nacional a tempo do Mundial 2026?