O discurso inflamado de Frederico Varandas na gala Rugidos de Leão, na qual apontou críticas a rivais e à arbitragem, provocou reação imediata do advogado e comentador Tiago Silva.
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Em declarações ao Record, o portista foi direto e duro na resposta, começando por afirmar: "O Sporting tem sido escandalosamente beneficiado nestas últimas duas épocas e Varandas ainda tem a lata de vir dar lições sobre dignidade e arbitragens."
Insistindo na narrativa de favorecimento, Tiago Silva apontou nomes e padrões, reforçando: "Com Nobres, Godinhos, Veríssimos e nomeações a preceito, não admira que Varandas se esforce tanto em negar que existe um 'manto verde' ainda que os erros graves a beneficiar o Sporting nos entrem pelos olhos dentro todas as semanas."
O advogado intensificou o discurso e, de forma mordaz, elevou o tom das acusações: "Na verdade, Varandas até tem razão: manto é pouco, pois o que assistimos nos jogos do Sporting, este ano, no Nacional, no Estoril, em Famalicão, em casa contra o Alverca e nos Açores, foi a uma passadeira verde estendida para conduzir o Sporting até ao topo."
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Tiago Silva passou depois a desmontar os ataques recentes de Varandas ao FC Porto, sobretudo o episódio da televisão no jogo com o SC Braga. Para o comentador, o líder leonino não tem moral para apontar o dedo, alegando: "O presidente que mais atacou, pressionou e condicionou árbitros no futebol português chama-se Frederico Varandas, ou será que ele acha que já nos esquecemos das idas aos túneis ao intervalo e no final dos jogos para apertar árbitros?"
E continuou a enumeração: "Acha que já nos esquecemos do veto público a João Pinheiro ou do condicionamento em direto a Tiago Martins? Acha que já nos esquecemos das conferências inflamadas onde prometia que 'se tivermos de gritar, gritamos bem alto'?"
Na sua análise final, Tiago Silva resumiu a sua visão sobre a mudança de narrativa em torno do clube de Alvalade, concluindo com uma crítica incisiva: "O que mudou não foi a 'dignidade'. O que mudou é que agora o vento sopra a favor por haver muitos a soprar por eles."
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O episódio acrescenta mais um capítulo à crescente tensão entre clubes e dirigentes, num momento em que a retórica em torno da arbitragem e da competitividade do futebol português volta a aquecer.
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