O futuro de Afonso Moreira pode estar à beira de uma reviravolta. O extremo de 20 anos do Sporting tinha praticamente tudo acertado para rumar ao Lyon neste mercado de verão, mas a inesperada despromoção administrativa do clube francês para a segunda divisão está agora a lançar sérias dúvidas sobre a concretização do negócio.
Veja também: Anselmi despedido? Eis o que saiu da reunião da direção do FC Porto
Acordo fechado… e em risco
O negócio entre Sporting e Lyon estava bem encaminhado: os leões receberiam cerca de dois milhões de euros por uma parte do passe do jogador, mantendo ainda uma percentagem significativa de uma futura venda. O jovem extremo, com contrato até 2028, estava preparado para assinar um vínculo de cinco temporadas com os franceses, numa transferência que o colocaria a competir no exigente contexto da Ligue 1.
No entanto, tudo mudou com o anúncio da Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCG), organismo que supervisiona a saúde financeira dos clubes franceses. O Lyon foi despromovido administrativamente para a Ligue 2 devido à sua situação financeira delicada — uma dívida estimada em 500 milhões de euros. Apesar de o clube já ter anunciado que irá recorrer, a incerteza em torno da decisão poderá esfriar a operação por Afonso Moreira.
Veja também: Entre Jorge Costa e Zubizarreta, há um com futuro no FC Porto em risco
Um talento que continua a gerar atenção
Apesar de ter feito apenas seis jogos pela equipa principal dos leões, Afonso Moreira continua a ser visto como um jovem promissor, tanto em Portugal como no estrangeiro. O internacional jovem português teve o azar de se lesionar com gravidade pouco depois de ter sido emprestado ao Gil Vicente na época passada, interrompendo uma temporada que se previa de afirmação.
Ainda assim, antes do empréstimo, foi peça importante na subida do Sporting B à Liga 3 e mantém mercado. O Lyon, com a gestão de John Textor e um projeto centrado em talento jovem, viu no jogador uma aposta de futuro. A possibilidade de dar o salto para o plantel principal do Sporting, agora liderado por Rui Borges, parece remota, mas o mercado ainda vai no adro.