Tudo estava alinhado para um regresso triunfal de João Félix ao Estádio da Luz. O avião estava reservado, o número 10 já circulava nas redes sociais e até a apresentação na Eusébio Cup estava planeada. Mas bastaram algumas horas para que o internacional português deixasse de ser reforço do Benfica e decidisse rumar ao Al Nassr, onde o esperam Cristiano Ronaldo, Jorge Jesus… e muitos milhões.
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Segundo informações avançadas por Rui Santos, João Félix chegou a comunicar diretamente a Rui Costa e a Bruno Lage a vontade de regressar ao clube onde tudo começou. Depois de temporadas atribuladas em Madrid, Londres e Milão, o avançado de 25 anos via no Benfica uma plataforma ideal para relançar a carreira.
A proposta das águias: ambição limitada
O Benfica apresentou ao Chelsea uma proposta de 25 milhões de euros por 50% do passe de João Félix, com cláusulas que previam mais 10 milhões até 2028, elevando o negócio, no limite, aos 35 milhões por 70%. O clube da Luz recusava, no entanto, pagar o valor total investido pelos ingleses, que adquiriram o jogador ao Atlético de Madrid, há apenas um ano, por 54 milhões de euros.
Os blues estavam receptivos a negociar, mas Jorge Mendes — o habitual intermediário — e o próprio Chelsea queriam garantias superiores, algo que Rui Costa recusou ceder. Resultado: o acordo caiu.
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João Félix rende-se ao apelo saudita
Enquanto o Benfica afinava os detalhes, surgiu o Al Nassr. Com um contrato muito mais vantajoso em cima da mesa, e depois de conversas com Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo, João Félix cedeu à tentação. Segundo a imprensa internacional, os sauditas vão pagar 30 milhões de euros pela totalidade dos direitos económicos do jogador, num valor que pode ascender aos 50 milhões mediante objetivos.
O jogador já terá autorização para viajar para a Áustria, onde o Al Nassr se encontra a estagiar. Segundo o jornalista francês Santi Aouna, o contrato será válido até 2027. Ou seja, apenas um ano depois de ter sido adquirido pelo Chelsea, Félix volta a mudar de clube, desta vez para fora do continente europeu.
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Rui Costa perdeu uma batalha… mas não a guerra
O desfecho do negócio representa um duro golpe para o presidente encarnado, que viu fugir aquele que seria o grande nome da temporada e um reforço de peso para Bruno Lage. Mais do que isso: tratava-se de um regresso emocional, que reunia adeptos e jogador em torno de um objetivo comum.
Resta agora saber se o Benfica volta ao mercado por outro avançado com perfil semelhante ou se aposta tudo nos reforços já garantidos. Certo é que João Félix, que parecia a um passo da Luz, decidiu seguir o trilho dourado da Arábia Saudita. E deixou o Benfica, literalmente, pendurado.
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