Em palavras que dificilmente poderiam ser mais diretas, Serdal Adali deixou claro que o clube turco não está disposto a facilitar a saída do avançado português, apontando um valor concreto para qualquer interessado.
O dossiê Rafa Silva continua longe de uma resolução e ganhou esta quinta-feira novos contornos, depois das declarações públicas do presidente do Besiktas.
Em palavras que dificilmente poderiam ser mais diretas, Serdal Adali deixou claro que o clube turco não está disposto a facilitar a saída do avançado português, apontando um valor concreto para qualquer interessado.
Em conversa com jornalistas na Turquia, o dirigente abordou a situação de Rafa, que voltou a integrar o plantel, mas permanece afastado das opções regulares. Adali começou por remeter as decisões desportivas para a equipa técnica, mas rapidamente passou para o plano financeiro, onde não deixou margem para interpretações.
“Se ele quer jogar, joga. Esperamos 15 milhões de euros. Quem pagar, pode levá-lo”, afirmou, numa frase que resume a posição oficial do Besiktas. O presidente recordou ainda que Rafa recebeu uma taxa de assinatura aquando da sua chegada a Istambul, sublinhando que esse valor faz parte das contas a resolver no processo. Segundo explicou, a indicação dada ao jogador foi para continuar disponível até à próxima paragem dos campeonatos, altura em que o tema voltará a ser analisado.
Apesar do tom institucional, é cada vez mais evidente que Rafa Silva pretende sair. O avançado de 32 anos não se revê no atual contexto competitivo do Besiktas e mantém firme a intenção de procurar um novo desafio já em janeiro, mesmo tendo contrato válido até 2027. As palavras do presidente reforçam a ideia de um afastamento claro entre as partes, com um desfecho que parece inevitável.
É neste cenário que o nome do Benfica volta a surgir com naturalidade. Os encarnados acompanham de perto a situação e avaliam a possibilidade de um regresso do jogador à Luz, mas apenas num contexto muito específico. Qualquer movimento dependerá da capacidade de Rafa se libertar contratualmente do Besiktas e da viabilidade financeira da operação, sobretudo tendo em conta o valor agora tornado público pelo clube turco.
O montante de 15 milhões de euros funciona, para já, como um travão evidente. Para um jogador que caminha para os 33 anos e que pretende sair, dificilmente o Benfica avançará sem uma redução significativa das exigências ou sem uma solução que passe por rescisão ou acordo entre jogador e clube.
Enquanto isso, Rafa Silva permanece num limbo desportivo, treinando, mas sem protagonismo competitivo, à espera que janeiro traga respostas concretas. O mercado aproxima-se e o Benfica observa, consciente de que talento não falta ao jogador, mas também de que negócios mal calculados podem pesar no equilíbrio do plantel e das contas.
O relógio corre, as posições estão assumidas e o recado vindo de Istambul foi claro: quem quiser Rafa terá de abrir os cordões à bolsa.