Novak Djokovic continua a escrever história em Wimbledon. Aos 38 anos, o sérvio alcançou pela 14.ª vez as meias-finais do torneio britânico, um feito inédito na Era Open. Esta quarta-feira, bateu o italiano Flavio Cobolli (24.º ATP) em quatro sets — 6-7 (6-8), 6-2, 7-5 e 6-4 — numa exibição onde voltou a mostrar por que razão é considerado um dos maiores de sempre no ténis mundial.
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Apesar de um início algo hesitante, onde perdeu o primeiro set no tie-break, Djokovic respondeu com classe, domínio e consistência, impondo o seu ritmo nos parciais seguintes. Ao cabo de 3 horas e 11 minutos, carimbou o passaporte para mais uma presença nas meias-finais do Grand Slam londrino, onde vai agora medir forças com Jannik Sinner, o actual número 1 do mundo.
O duelo com Sinner: nova final antecipada em Wimbledon
O encontro frente ao italiano Sinner promete ser um dos momentos altos do torneio. O jovem de 23 anos tem dominado a temporada, conquistando já três dos quatro majors do circuito: o Open da Austrália, Roland Garros e o US Open (vencido em 2024). Com uma consistência impressionante e um ténis agressivo, Sinner chega a Wimbledon determinado a completar o que poderá ser um histórico Grand Slam do ano civil — feito apenas conseguido por Rod Laver em 1969, na Era Open.
Djokovic, por sua vez, procura aquele que seria o seu 8.º título em Wimbledon, o que o colocaria lado a lado com Roger Federer como o mais titulado de sempre na relva londrina. Além disso, está a um triunfo de alcançar a sua 36.ª final de um torneio do Grand Slam e o possível 25.º troféu, consolidando ainda mais o seu estatuto como o maior vencedor de majors na história do ténis.
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Um encontro entre gerações e estilos
O embate entre Djokovic e Sinner representa também o choque entre gerações e filosofias. De um lado, a experiência, frieza e leitura táctica do veterano sérvio, que já venceu Wimbledon em 2011, 2014, 2015, 2018, 2019, 2021 e 2022. Do outro, a juventude, potência e audácia de um italiano em plena ascensão, a viver a melhor fase da sua carreira.
Para Sinner, esta será a primeira meia-final em Wimbledon — nunca antes tinha ultrapassado os quartos-de-final neste torneio. Já para Djokovic, esta é mais uma etapa numa caminhada que se tem tornado familiar, mas longe de perder brilho. Caso avance para a final e conquiste o título, poderá ainda reforçar a sua candidatura a terminar a época no topo do ranking mundial, numa altura em que a concorrência de Alcaraz, Sinner e outros jovens talentos é cada vez mais feroz.
A meia-final está agendada para sexta-feira, num encontro que poderá marcar o início de uma nova era… ou a reafirmação de uma lenda.
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