Fernando Madureira já prestou as primeiras declarações no arranque do julgamento do processo Operação Pretoriano.
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O antigo líder dos Super Dragões começou por se referir a Adelino Caldeira.
"Começamos pelo dr. Adelino [Caldeira]. No início, o Ministério Público dizia que o plano era do dr. Adelino, que me pediu e ao Saul que levássemos os sócios para a Assembleia Geral para que votassem. Eu na altura disse logo que era mentira. Eu não falava para o dr. Adelino três meses antes disso. Eu e a minha esposa dissemos ao falecido presidente [Pinto da Costa] que se quisesse ganhar as eleições tinha de tirar o Adelino Caldeira e o Fernando Gomes da lista. O dr. Adelino soube e depois virou-nos a cara, a mim e ao Saul", começou por dizer antes de ser interrompido pela juíza, que recordou que o antigo dirigente do FC Porto não faz parte do processo.
Madureira procurou explicar a importância da Assembleia Geral de 13 de dezembro de 2023.
"Esta Assembleia Geral era como umas primárias. Não sei se era braço no ar. No Dragão Arena era impossível ser braço no ar, era muita gente. Eram umas primárias porque ele ia sentir o pulso. Houve uma campanha orquestrada nas redes sociais e na comunicação social. Eu não tive nada a ver com a elaboração dos estatutos", referiu.
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O ex-líder da claque azul e branco garante ter ficado "nervoso" e "transtornado" com tudo o que aconteceu na AG, apontando o dedo a André Villas-Boas.
"Fiquei muito nervoso, transtornado, irritado e triste por ver sócios do Porto uns contra os outros. Eu disse: 'é esta me... que vocês querem para presidente? Veio dar uma entrevista, foi para casa. A esta hora está com os c... sentados no sofá e vocês aqui ao barulho'", disse.
Madureira foi ainda confrontado com as mensagens de whatsapp que trocou após a AG.
"Agradeci aos Super Dragões, porque se comportaram de forma exemplar na Assembleia Geral. O que se passou na AG não teve nada a ver com os Super Dragões. Foi tudo criado pela máquina de campanha do André Villas-Boas para ganhar as eleições", concluiu.