Depois de uma exibição memorável frente ao Palmeiras, na estreia do FC Porto no Mundial de Clubes, Cláudio Ramos viveu uma das noites mais especiais da carreira.
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Em entrevista à DAZN, o guarda-redes revelou as emoções fortes que sentiu depois do encontro e partilhou a filosofia que tem guiado a sua carreira — mesmo sendo habitualmente o número dois na baliza azul e branca.
“Já é difícil dormir após um jogo, mas um jogo como no Mundial de Clubes, depois de uma exibição como a que fiz, não foi fácil… Mas por emoções boas”, confessou.
A chamada à titularidade surgiu devido à lesão de Diogo Costa, e Cláudio respondeu à altura com defesas decisivas que ajudaram os dragões a vencer os campeões sul-americanos.
Questionado sobre como mantém o foco quando sabe que parte atrás na hierarquia, respondeu com convicção:
“O guarda-redes tem de estar sempre preparado. Só joga um. Por isso treino todos os dias como se fosse o número um. Porque para mim, eu sou o número um. Quem treina bem, alimenta-se bem, descansa bem, está sempre pronto para agarrar a oportunidade”.
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Com 32 anos e uma carreira marcada pela consistência e profissionalismo, Cláudio Ramos destacou também o relacionamento de respeito e cooperação com Diogo Costa, com quem analisa jogos e troca opiniões técnicas regularmente:
“Falamos muito sobre os jogos. Este ainda não falámos muito porque o Diogo anda ocupado com tratamentos. Mas ele deu-me um grande abraço no fim e senti que estava genuinamente feliz por mim”.
O guarda-redes destacou também a confiança que sente dos colegas como um dos factores mais importantes para a sua tranquilidade e segurança em campo:
“O que mais força me deu foi sentir que os meus colegas confiam em mim. Saber que, mesmo sem o Diogo, eles acreditam que eu estou lá para segurar a baliza”.
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Com naturalidade e alguma maturidade conquistada ao longo dos anos, Cláudio assumiu ainda o papel de mentor no balneário portista. Considera que os mais jovens devem ter exemplos sólidos e uma orientação clara sobre a forma como devem encarar a carreira:
“Os miúdos hoje aparecem muito cedo. Vemos casos como o do Mora, do Yamal… mas é importante alguém puxá-los à terra. Podem estar num bom momento, mas tudo muda num instante. Têm de desfrutar, errar, aprender — mas perceber que há um caminho longo a fazer”.
Apesar de continuar como segunda opção, Cláudio Ramos prova que a paciência, o trabalho diário e a mentalidade certa podem ser armas tão importantes como qualquer defesa de reflexos rápidos. E, quando a oportunidade surge, está lá — como um verdadeiro número 1.
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