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23/10/25 às 17:43

Atleta portuguesa suspensa por recusar fazer teste de verificação do sexo

A polémica em torno da elegibilidade de atletas em competições femininas voltou a ganhar destaque após a suspensão de Hannah Caldas.

A polémica em torno da elegibilidade de atletas em competições femininas voltou a ganhar destaque após a suspensão de Hannah Caldas, uma das mais bem-sucedidas atletas veteranas portuguesas, com vários títulos mundiais de remo indoor nos 500 e 1000 metros e um recorde mundial na mesma modalidade.

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De acordo com a Federação de Natação de Nova Iorque, a decisão da FINA surgiu depois de a atleta ter recusado um teste de cromossomas, pedido “para provar a consonância com o requerimento geral de política de género”. O organismo acrescenta que o teste foi solicitado mesmo após Caldas apresentar um atestado de nascimento que a identifica como mulher.

Em comunicado, a federação norte-americana referiu: “Durante a investigação, a Federação Internacional de Natação pediu à senhora Caldas para se submeter a um teste de cromossomas — às suas expensas — para provar a consonância com o requerimento geral de política de género. O teste foi pedido depois da senhora Caldas exibir um atestado de nascimento que a identifica como mulher.

A atleta, atualmente a competir nos Estados Unidos, reagiu à decisão, explicando os motivos que a levaram a recusar o exame. “O meu seguro recusa-se a cobrir um teste deste género, já que não é medicamente necessário. Nenhum estado americano exige testes genéticos para eventos desportivos como estes, nem mesmo a US Masters Swimming, entidade reguladora nacional da natação no país”, afirmou.

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Caldas reconheceu que estava ciente das possíveis consequências, mas defendeu a sua posição em nome da privacidade e da dignidade das atletas.

Compreendo e aceito as consequências de não cumprir uma investigação da FINA. Mas se uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minhas informações médicas mais íntimas, então fico feliz por fazê-lo”, declarou.

Numa mensagem de firmeza, a portuguesa sublinhou ainda que o seu gesto é uma forma de protesto. “Faço-o por mim e por todas as mulheres que não querem submeter-se a exames médicos altamente invasivos só para poderem nadar numa competição para veteranos”, concluiu.

A decisão da FINA gerou debate sobre as novas políticas de género e privacidade médica no desporto, com Hannah Caldas a tornar-se uma das primeiras atletas a enfrentar sanções diretas por se opor a este tipo de exigência.

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André Miguel Rodrigues