Schmidt revela arrependimento sobre Otamendi e Enzo Fernández

Roger Schmidt abriu o livro sobre a sua passagem pelo Benfica, em entrevista ao podcast Spielmacher.

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O técnico alemão refletiu sobre momentos marcantes, incluindo a primeira derrota ao serviço das águias e as dificuldades geradas pelos regressos de Nico Otamendi e Enzo Fernández após o Mundial do Qatar 2022.

🎯 Arranque brilhante e um estilo diferente

Schmidt destacou o impacto do seu estilo de jogo no plantel, que começou a temporada 2022/23 de forma avassaladora:

“O Benfica queria jogar de forma diferente. O estilo foi fantástico para jogadores que não tinham vencido nada nos cinco anos anteriores. A nova abordagem fez bem, e começámos a ganhar, também na Champions. Ganhámos autoconfiança e fomos capazes de ir a jogo sempre com muita convicção”.

As águias chegaram a somar 28 jogos sem perder, um dos melhores arranques de temporada na história do clube.

A série invicta terminou a 30 de dezembro de 2022, com uma derrota pesada por 3-0 frente ao SC Braga. Schmidt acredita que as condições físicas e psicológicas dos argentinos Otamendi e Enzo, recém-chegados do Mundial, foram decisivas:

“Perdemos pela primeira vez antes da passagem de ano. Tivemos o Mundial do Qatar e o Nico Otamendi e o Enzo Fernández regressaram. Teria sido melhor que os tivéssemos deixado na Argentina mais 15 dias”.

O técnico reconheceu que a decisão de os integrar rapidamente foi um erro:

“Era difícil jogar em Braga. Faltou fôlego e não conseguimos manter o nível que tínhamos até aí”.

💰 O peso da saída de Enzo Fernández

A derrota em Braga também coincidiu com a crescente especulação em torno da transferência de Enzo Fernández. O médio pediu para permanecer mais tempo na Argentina após o Mundial, numa altura em que já se discutia a sua saída. Depois do regresso, e de um jogo frente ao Varzim onde chegou a bater no símbolo do Benfica, foi vendido ao Chelsea por 121 milhões de euros.

A reflexão de Schmidt revela os desafios de equilibrar sucesso desportivo com decisões estratégicas em momentos cruciais. Apesar da saída de Enzo e dos contratempos, o técnico conduziu o Benfica a uma temporada notável, recuperando a hegemonia no futebol português.