Rui Borges: "O jogo do título não foi contra o Benfica"

A poucos dias da final da Taça de Portugal frente ao Benfica, Rui Borges abriu o livro numa grande entrevista aos meios oficiais do Sporting, revelando bastidores, momentos-chave e o que representa liderar o campeão nacional. “Família é a palavra mais certa para definir o Sporting”, afirma o treinador, já com os olhos postos no sonho do tri. 

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🟢 Um Natal… interrompido pelo melhor motivo 

“Não consegui desfrutar do Natal pelo melhor motivo do mundo”, começou por dizer Rui Borges, lembrando que a chamada do Sporting mudou-lhe a vida. “Desde o primeiro dia percebi que este grupo era fantástico. Não há egos, não há vedetismos”. 

E quando chegou o momento de agradecer, o primeiro nome foi claro: Frederico Varandas. 

“Jamais vou esquecer a oportunidade que me deu e a coragem de apostar em nós. No primeiro abraço que lhe dei depois do jogo, agradeci pela confiança. Não tínhamos um passado glorioso nem troféus no currículo”. 

Para Rui Borges, o dérbi com o Benfica em Alvalade, que venceu por 1-0, foi essencial para “reassumir o primeiro lugar”. Mas o jogo que mais o marcou… foi outro. 

“Disse no balneário que o jogo do título era contra o Gil Vicente. Quando o Quaresma fez o golo, corri como um tontinho. Ninguém precisa de fazer eletrocardiogramas nos próximos meses!” 

🏆 “O sonho era ser campeão. Mas a Taça também mexe comigo” 

Apesar de já ter conquistado o campeonato, Rui Borges não esconde que a final da Taça de Portugal tem um sabor muito especial. 

“O maior sonho era ser campeão nacional e consegui. Mas como venho de escalões inferiores, o primeiro sonho era jogar uma final da Taça. Pela beleza, pela envolvência. Acredito que será uma linda festa, mas quero ganhá-la”. 

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🧠 O balneário por dentro: Gyökeres, Trincão e… Franco Israel 

Rui Borges deixou elogios a vários jogadores. Destacou Hjulmand e Gyökeres como pilares: “Têm uma ambição e postura exemplar. Toda a equipa os segue”. Mas foram os “menos falados” que mais tempo mereceram: 

• Trincão: “Achava que era só um virtuoso, mas não. Até pode perder 20 bolas, nunca o vou chatear. Tem um compromisso fenomenal.” 

• Franco Israel: “Tem uma personalidade que adoro. Respeitou sempre a minha decisão de apostar no Rui Silva. Está sempre feliz, sempre a puxar pelos colegas. É impossível não sorrir ao lado dele.” 

• Nuno Santos e Daniel Bragança: “Exemplos de resiliência. O Nuno está sempre a querer voltar mais forte. O Dani é capitão, símbolo da formação.” 

• Matheus Reis e Ricardo Esgaio: “São imagem do clube. Quem os ouve, respeita.”