A polémica está instalada no topo da estrutura do futebol português. Fernando Gomes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), lançou duras críticas ao seu sucessor, Pedro Proença, através de uma carta enviada aos presidentes das federações europeias, reagindo ao facto de o seu nome ter sido associado a um suposto apoio à candidatura de Proença ao Comité Executivo da UEFA.
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Gomes, agora presidente do Comité Olímpico de Portugal, mostrou-se “surpreendido” com a referência ao seu nome numa missiva enviada pelo novo líder da FPF, garantindo que não deu qualquer consentimento para que tal acontecesse.
“Foi a maior das surpresas tomar conhecimento de uma carta enviada por Pedro Proença, na qual o meu nome é mencionado sem consentimento prévio ou mesmo informação”, escreveu.
O antigo dirigente foi ainda mais longe nas críticas, acusando Proença de querer destruir tudo aquilo que foi construído nos últimos 13 anos à frente do organismo federativo:
“Pedro Proença escolheu o caminho da destruição do legado que eu e a minha equipa construímos ao longo de 13 anos, através de decisões e insinuações públicas que visam atacar o nosso bom nome e que, como se verá, são completamente infundadas”.
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Rutura total entre os dois líderes
As declarações revelam uma rutura total entre dois dos nomes mais influentes do futebol nacional. A tensão subiu depois de Proença, já como presidente da FPF, ter enviado uma carta de apoio à sua candidatura à UEFA, onde citava Fernando Gomes como apoiante — algo que o próprio desmente com veemência.
Apesar do clima tenso, Gomes não deixou de reafirmar a sua crença na importância de colocar representantes nacionais em cargos de decisão nas instâncias europeias, embora sublinhe que Proença e ele não partilham a mesma visão para o futebol e para o desporto.
“Tenho de dizer-lhe que hoje percebo que não partilhamos uma visão comum para o futebol e o desporto”.