O presidente do Benfica e candidato à reeleição, Rui Costa, reagiu, esta terça-feira, à notícia de que será constituído arguido.
O presidente do Benfica e candidato à reeleição, Rui Costa, reagiu, esta terça-feira, à notícia de que será constituído arguido no âmbito de um processo relacionado com uma transferência de 76 mil euros do Lokomotiv Moscovo para o Benfica, defendendo-se das acusações e acusando adversários de “uso desesperado e oportunista” do caso em período eleitoral.
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A reação surgiu através de um comunicado oficial da candidatura “Só o Benfica Importa”, onde Rui Costa lamentou o que considera ser uma tentativa de interferência no processo eleitoral do clube da Luz.
“O desespero e momento não podem justificar tudo”, começa por afirmar o texto, acrescentando que “a situação não era tema” se tivesse sido noticiada fora do período de campanha.
A candidatura critica o que descreve como uma tentativa de instrumentalizar o caso para fins políticos.
“A Candidatura ‘Só o Benfica Importa’ lamenta o desesperado uso de uma situação que mais não seria do que um rodapé noticioso para uma evidente intromissão no processo eleitoral do Sport Lisboa e Benfica”.
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O comunicado defende ainda que Rui Costa não tem qualquer responsabilidade direta no processo, frisando que a operação foi regular e prontamente revertida assim que foram identificadas dúvidas jurídicas.
“Querer envolver diretamente Rui Costa numa situação detetada e superada, no respeito pelas dúvidas suscitadas à posteriori no processo, é ultrapassar os limites do razoável. Uma situação não detetada em nenhum momento do processo administrativo, da FIFA ao Banco, dos Serviços do clube aos restantes intervenientes, prontamente revertida com a suspensão do contrato e a não aceitação de pagamentos posteriores que, sendo devidos ao Clube, estariam condicionados pelas sanções à Rússia”.
O texto denuncia ainda o que considera ser “oportunismo em momento eleitoral” e relembra que o Benfica tem contado com vários jogadores ucranianos nos últimos anos, uma prova — diz — de que o clube não pode ser confundido com interesses russos.
“Querer misturar numa notícia Rui Costa, Rússia e justiça é ultrapassar todos os limites do oportunismo em momento eleitoral. Logo, o nosso Clube que tem contado, com orgulho, com grandes profissionais ucranianos na sua equipa principal de futebol: Roman Yaremchuk, entre 2021 e 2023, Anatoliy Trubin, desde 2023, e Georgiy Sudakov, desde o início desta temporada”.
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A fechar, Rui Costa reforça a ideia de que a sua gestão tem sido pautada pela seriedade e que não aceita ataques infundados.
“A mesma defesa dos interesses do Clube que o levaram a lucros de cerca de 40 milhões de euros e a ter os últimos anos de gestão sem casos judiciais intrusivos. Não, não vale tudo. Não, não queremos que alguns passados voltem a ser futuro. Não, nisto não somos todos iguais, porque ‘Só o Benfica importa’”.
O caso em causa remonta a 2023, quando o Benfica recebeu 76 mil euros do Lokomotiv Moscovo, valor relacionado com a transferência do defesa Germán Conti. A TVI/CNN Portugal revelou que o Ministério Público suspeita de violação das sanções europeias à Rússia e de branqueamento de capitais, uma vez que o pagamento foi feito diretamente do clube russo para o Benfica, sem intermediários. A operação foi detetada pelo banco BCP, que alertou as autoridades, levando à suspensão da transação.
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Com as eleições à porta, Rui Costa procura agora afastar a polémica e reforçar a sua posição de estabilidade e transparência na liderança do clube.
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