A transferência de Ana Borges do Sporting para o Benfica marcou um dos momentos mais impactantes da história recente do futebol feminino português. Após quase uma década a vestir de verde e branco, a internacional portuguesa troca Alvalade pela Luz, e a sua agente, Estrela Paulo, não escondeu a emoção nem a crítica.
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Numa publicação intensa e pessoal nas redes sociais, Estrela Paulo sublinhou o carácter simbólico da mudança e apontou directamente o dedo à gestão leonina.
“Quando o impossível acontece — uma transferência que fica para a história”, escreveu a agente, referindo-se ao negócio como o mais marcante da sua carreira.
“Ana Borges não é apenas uma jogadora. É um ícone, uma líder dentro e fora de campo, uma atleta que deu tudo pelo clube e que, de repente, virou um pesadelo que ainda hoje me custa a entender”.
Com quase nove anos ao serviço do Sporting, Ana Borges tornou-se uma referência no futebol feminino nacional e uma das figuras mais queridas pelos adeptos leoninos. A saída para o eterno rival causou natural polémica e, segundo a empresária, foi também um processo emocionalmente exigente.
“Esta não foi só mais uma transferência. Foi um momento alto ao nível do futebol feminino, de resiliência e, acima de tudo, de paixão pelo jogo”, destacou, elogiando o Benfica por ter reconhecido o valor da jogadora.
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“A Ana merecia ser valorizada, e o Benfica, com a sua grandeza, soube reconhecer o seu talento e a sua entrega”.
No entanto, foi a crítica dirigida ao Sporting que mais chamou a atenção:
“Ao Sporting, deixo um obrigada pela história que teve com a Ana, mas também uma reflexão: os ídolos não se deixam fugir!”
A frase, que já circula entre adeptos nas redes sociais, funciona como um recado claro à direcção leonina, que não conseguiu segurar uma das figuras mais marcantes da equipa feminina.
Para Estrela Paulo, esta transferência é mais do que uma mudança de camisola: é um marco para o futebol feminino português e um sinal de que há clubes mais atentos à valorização das suas atletas.
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“Ao Benfica, um elogio por acreditar numa jogadora que é muito mais do que qualidade técnica – é líder, é raça, é futebol puro”, concluiu, dirigindo ainda palavras emocionadas à sua representada: “Esta é para a história”.
A ida de Ana Borges para o Benfica promete aquecer os próximos dérbis, dentro e fora de campo, e reacende o debate sobre a forma como os clubes portugueses gerem o talento feminino.