Tadej Pogacar acaba de acrescentar mais um troféu ao seu já impressionante palmarés: o Critério do Dauphiné, conquistado este domingo, pela primeira vez na sua carreira. A vitória do esloveno não foi apenas simbólica — foi dominadora. Em oito etapas, venceu três, controlou os adversários com classe e reforçou o seu estatuto como principal favorito à Volta a França, que arranca a 5 de Julho.
Veja também: Arsenal sobe a parada em nova oferta milionária por Gyökeres
A última tirada foi vencida por Lenny Martinez (Bahrain Victorious), depois de uma fuga bem-sucedida nos 133,3 quilómetros entre Val-d’Arc e o Plateau du Mont-Cenis. Pogacar, tranquilo no controlo da corrida, terminou em terceiro lugar, logo atrás de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), a quem até cedeu a dianteira no sprint final — gesto simbólico, talvez, de quem sabe que o duelo entre ambos está longe de terminado.
O esloveno da UAE Emirates acabou a prova com 59 segundos de vantagem sobre Vingegaard, seu eterno rival na Volta a França, e com mais de dois minutos sobre o alemão Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe), que fechou o pódio. A prestação de Pogacar foi suficientemente sólida para deixar Jonas sem resposta. Apesar de contar com uma forte equipa da Visma-Lease a Bike, o bicampeão da Volta a França nunca conseguiu abalar verdadeiramente o domínio do esloveno — e sai da corrida com dúvidas renovadas sobre a sua forma e confiança.
Veja também: Novas fotos de Ronaldo com o filho estão a dar que falar
Mais atrás, Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) tentou, mas não foi além do quarto lugar, a mais de quatro minutos do vencedor. Mesmo com um ataque na derradeira etapa, o belga ficou a ver Pogacar e Vingegaard a isolar-se — e a provar que o Tour 2024 poderá muito bem voltar a ser uma história a dois.
Esta edição do Dauphiné teve também momentos de emoção fora da luta pelo pódio. No último dia como profissional, Romain Bardet despediu-se do pelotão numa etapa animada por várias fugas, com nomes sonantes como Mathieu van der Poel, Sepp Kuss, Enric Mas, Iván Romeo, Ben Healy e Tobias Foss. Van der Poel ainda tentou conquistar a camisola por pontos, atacando a 58 quilómetros do fim, mas Pogacar acabaria por levá-la para casa no desempate.
Entre os momentos menos felizes, destaque para a queda de Paul Seixas (Decathlon AG2R La Mondiale), jovem de apenas 18 anos que era sexto à partida da última etapa e que acabou por perder contacto com os da frente.
Veja também: Morata 'culpa' jogadores portugueses pelo penálti falhado na final da Liga das Nações
Pogacar, de 26 anos, soma agora 99 vitórias na carreira e deverá atingir a centena já durante o Tour. No final, resumiu com humildade e satisfação: “Foi uma semana fantástica. Mais uma vez, hoje o trabalho da equipa foi excecional. Conseguimos defender a camisola, podemos ir para casa felizes para preparar o Tour.”
Se dúvidas houvesse sobre quem chega mais forte a Julho, Pogacar tratou de as dissipar.