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Nacional
16/06/25

Villas-Boas e o mercado antes do Mundial de Clubes: "Muitos jogadores preferiram descansar…"

A participação do FC Porto no novo Mundial de Clubes trouxe desafios fora do relvado — nomeadamente no reforço do plantel. 

A participação do FC Porto no novo Mundial de Clubes trouxe desafios fora do relvado — nomeadamente no reforço do plantel. 

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Em declarações ao podcast norte-americano Men in Blazers, André Villas-Boas revelou as dificuldades enfrentadas pelo clube durante a janela especial de transferências, aberta especificamente para os clubes participantes na competição. 

«O Mundial chega numa má altura para os clubes europeus. Tivemos de dar férias aos jogadores e ir buscá-los mais cedo, sem que tivessem tempo para fazer um reset. É quase uma continuação da última época e a próxima já aí vem. Não houve tempo para parar», explicou o presidente dos dragões, que ainda assim conseguiu garantir a contratação de Gabri Veiga

Villas-Boas foi mais longe e apontou um fenómeno inesperado: «Testámos recentemente o mercado com a janela especial para o Mundial e foi incrível ver que muitos jogadores não queriam estar nesta competição, porque preferiram descansar para retomarem a época mais frescos». 

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Para o líder portista, este cenário acentua o desequilíbrio competitivo: «Os clubes brasileiros e argentinos estão frescos e, nesse sentido, têm alguma vantagem». 

O ex-treinador, agora dirigente, aproveitou para deixar críticas à sobrecarga do calendário competitivo: «É espantoso porque a FIFPro exige mais descanso aos jogadores e, com o Mundial de 2026 na América, com mais equipas… O calendário está a tornar-se exaustivo e temos cada vez mais lesões. Os jogadores não podem contribuir para o espectáculo se não estão frescos». 

Apesar das dificuldades logísticas e desportivas, Villas-Boas reafirmou o compromisso da equipa em fazer boa figura nos EUA: «Temos uma responsabilidade para com os nossos adeptos de vencer. Primeiro, passar a fase de grupos e depois, nos oitavos, podemos calhar com duas equipas importantes, Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid». 

O presidente do FC Porto destacou ainda o lado emocional da presença do clube em solo norte-americano: «Queremos estar bem e deixar uma marca para os adeptos emigrantes do Porto e também criar uma base de amor para o FC Porto. Também por isso é que estamos a fazer estas actividades com a formação, para ter potencialmente novos fãs.» 

A ambição está lançada, mas o desgaste acumulado e o contexto competitivo colocam obstáculos adicionais ao sonho azul e branco nesta edição pioneira do novo Mundial de Clubes. 

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