Em entrevista à Sport TV, Vítor Pereira abriu o jogo sobre o presente brilhante no Wolverhampton, mas também sobre o passado no FC Porto e eventuais desafios futuros, incluindo a Seleção Nacional. O técnico português está feliz em Inglaterra e garante: “Estou onde sempre quis estar”.
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“Hoje, o meu trabalho é muito mais reconhecido”
A viver uma das melhores fases da carreira, Vítor Pereira não tem dúvidas de que o reconhecimento é hoje mais evidente do que no tempo em que treinava o FC Porto.
“Na altura, o FC Porto estava de barriga cheia. Ganhava naturalmente. Mas depois andou quatro anos a sofrer. Aí sim, perceberam melhor o que era o nosso trabalho”, explicou o treinador de 57 anos, que conquistou duas Ligas e duas Supertaças pelos dragões.
Pereira recorda que já no Santa Clara havia uma “impressão digital” no trabalho, mas foi o FC Porto que o projetou:
“Era uma equipa que gostava de ter bola, de gerir o jogo. Recordo-me que só havia uma bola… e a bola era nossa”.
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Wolverhampton, pubs e festejos com os adeptos
Sobre os festejos recentes com os adeptos dos Wolves, o técnico garantiu que foi tudo espontâneo — e muito natural:
“Em Wolverhampton, o único sítio onde se pode ir são os pubs. E eles gostam de festejar lá. Aquilo surgiu de forma genuína. Eu também quero festejar, não me apetece estar fechado em casa”.
A ligação com o clube inglês é evidente. Vítor Pereira sente-se em casa na Premier League:
“Se me dissessem que ia ficar 10 anos na Premier League, assinava já por baixo. É o meu campeonato. Tático, estratégico, cheio de pormenor. Eu sou esse tipo de treinador”.
Regresso a Portugal? Só com um bom projeto
Apesar de estar feliz em Inglaterra, Vítor Pereira não fecha a porta a um eventual regresso ao futebol português — embora sem promessas:
“Sempre disse que não sou treinador de clube nenhum. Sou profissional de futebol. Se o projeto me desafiar… Mas estou muito bem onde estou e quero continuar”.