Menos de seis anos depois de chegar a Old Trafford, Bruno Fernandes prepara-se para atingir uma marca histórica na sua carreira: 300 jogos pelo Manchester United.
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Em entrevista publicada na véspera do duelo frente ao Brighton, o internacional português abordou o seu percurso e esclareceu os rumores sobre uma possível saída para a Arábia Saudita.
“Tenho visto muitas notícias. Muita gente a dizer que já tinha um acordo para sair na próxima época. Se o clube fez esse acordo, não foi comigo.”
O capitão explicou que houve sondagens de vários clubes, mas nunca uma proposta concreta que o fizesse considerar a saída.
“Houve outros clubes que tentaram depois do Al Hilal, mas a minha resposta não mudaria. Também da Arábia. Da Europa, houve pessoas que falaram comigo, mas nunca chegámos ao ponto de haver uma oferta concreta. É bonito que as pessoas te queiram, mas é preciso pôr dinheiro em cima da mesa, senão o clube não me deixa sair.”
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Bruno revelou ainda ter falado com Cristiano Ronaldo sobre a experiência de jogar na Arábia Saudita, sem, contudo, revelar os conselhos recebidos.
“Falei com ele sobre a situação, sobre a Arábia e tudo o resto. Não vou dizer o que ele me disse, mas conversámos sobre isso. O Cristiano deu a sua opinião sobre o que eu devia fazer. Com toda a experiência que tem, era importante para mim ouvir o que ele pensava. Mas, obviamente, a decisão caberia sempre a mim e ao clube.”
Outro dos pontos centrais da entrevista foi a conversa com Rúben Amorim, que desempenhou um papel importante na continuidade do médio em Manchester.
“O treinador falou comigo. Disse-me que eu continuava a fazer parte do projeto, que queria que eu ficasse. O clube disse o mesmo. Se o clube me tivesse dito: ‘Bruno, queremos vender-te, tens 30 anos, queremos fazer algum dinheiro’, eu teria dito: ‘Ok, tenho de encontrar uma solução e sair’. Mas não foi o caso. Eu continuava a fazer parte dos planos; podia ajudar o clube a atingir os seus objetivos. Foi isso que me fez ficar.”
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O jogador revelou também a dimensão da proposta saudita:
“O Al Hilal podia oferecer 80 a 100 milhões de libras. Depois falei com o treinador. Disse-lhe: ‘Olha, esta é a proposta que tenho. Tenho de pensar, se o clube disser que quer vender-me para reforçar o plantel, eu entendo’. Mas não foi o caso. O clube sempre me disse que queria reforçar a equipa. O treinador disse-me: ‘Queremos mais jogadores para te ajudar e tornarmo-nos uma equipa melhor, por isso não queremos que saias’.”
Questionado sobre um possível regresso a Portugal, Bruno Fernandes foi claro ao reafirmar o seu amor pelo Sporting, mas afastou a hipótese num futuro próximo.
“Tenho uma grande ligação aos adeptos do Man. United, ao clube e também ao país. A minha família está bem adaptada. Temos saudades de casa, mas o meu objetivo não é voltar a jogar em Portugal. Mas se tivesse a oportunidade de jogar de novo em Portugal, colocaria sempre o Sporting à frente de todos.”
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O capitão dos red devils abordou ainda a sua relação com o dinheiro e a forma como encara o sucesso financeiro.
“O dinheiro é importante para toda a gente, mas não estou numa posição em que precise de o contar ou de me preocupar com o futuro, se fizer as coisas bem. Eu e a minha família não somos pessoas que gastam muito dinheiro. Gostamos de algum conforto e luxo, mas temos plena noção do futuro que queremos dar aos nossos filhos e de como queremos que cresçam. Viemos de famílias humildes. Nunca nos faltou comida, mas sabemos o que é a dificuldade. Quando terminar a carreira, só quero uma vida tranquila em casa, ir ao café com o meu pai, de vez em quando.”
No final, Bruno Fernandes confessou o orgulho que sente ao representar o Manchester United e a gratidão pela marca que vai atingir.
“É um privilégio, uma honra. Quando era criança, só queria jogar futebol. Agora, ter a oportunidade de jogar 300 vezes por este clube é algo por que estou muito grato.”
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Aos 30 anos, o médio português mantém-se como uma das figuras centrais do Manchester United, símbolo de liderança, resiliência e ambição — características que o próprio faz questão de continuar a demonstrar, dentro e fora de campo.
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