Rodrigo Mora tem apenas 18 anos, mas já conquistou o seu espaço no plantel principal do FC Porto.
Veja também: OFICIAL: Benfica emite comunicado sobre o futuro de Di María
Com 10 golos e quatro assistências em 32 jogos na temporada de estreia, o jovem avançado dos dragões impressiona – até mesmo fora das fronteiras nacionais. E foi precisamente sobre ele que se debruçou André Geraldes, antigo diretor desportivo do Sporting, numa entrevista ao jornal espanhol AS, onde elogiou o talento do jogador e traçou um paralelo ousado com… Lamine Yamal, estrela do Barcelona.
«Rodrigo Mora é um talento especial. As comparações com Lamine Yamal são inevitáveis, mas cada jogador tem o seu próprio percurso. Gerir um jogador assim significa protegê-lo fora do campo, dar-lhe minutos de qualidade e rodeá-lo de boas referências», sublinhou Geraldes. «Em vez de se precipitar, é preciso ter uma visão a médio e longo prazo. É um ativo muito valioso, com o ADN do FC Porto».
Veja também: Adepto do Sporting perde olho nos festejos do bicampeonato por causa da PSP
FC Porto fora da Champions é “um fracasso”
Geraldes não poupou também nas palavras quando confrontado com o insucesso portista no apuramento para a Liga dos Campeões.
«Sim, do ponto de vista desportivo e financeiro, é sempre um fracasso para um clube como o FC Porto não estar na Liga dos Campeões. Mas também pode ser uma oportunidade para repensar e reconstruir sem a pressão imediata», referiu. Ainda assim, reforçou: «Não se qualificar é um fracasso em todos os sentidos da palavra».
O ex-dirigente leonino apontou ainda fragilidades estruturais nos dragões.
«O mais urgente é reforçar a sua estrutura e recuperar a exigência que representa o clube. Quem faz parte do dia a dia do clube tem de perceber o espírito do FC Porto».
Veja também: Vítor Bruno prestes a assumir um dos melhores clubes da I Liga
Zubizarreta e o futuro azul e branco
Sobre Andoni Zubizarreta, novo diretor desportivo dos azuis e brancos, Geraldes acredita que o espanhol pode trazer um novo ciclo ao clube.
«Ainda está a conhecer os meandros do clube, mas a sua serenidade e conhecimento contribuirão certamente para uma nova fase. O seu verdadeiro impacto será visível a partir da próxima época».
E foi mais longe ao analisar o contexto competitivo português.
«Em Portugal, devido às restrições orçamentais e à constante saída de talentos, a construção de uma equipa competitiva exige muito trabalho e planeamento rigoroso. É necessário equilibrar juventude e experiência, garantir estabilidade no banco e ter uma visão clara do mercado».
Veja também: 🎬 Denzel Washington em Cannes: Palma de Ouro, Spike Lee e Um Momento Tenso na Passadeira Vermelha
A fechar, uma nota sobre o talento nacional: «Portugal tem uma cultura de formação muito forte, com treinadores altamente qualificados desde os escalões de base. Não tenho dúvidas de que Portugal, em termos de talento e qualidade dos treinadores, está entre os melhores do mundo».